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Balanço

Em Pernambuco, contratações do Banco do Nordeste crescem 42,3% no primeiro semestre

Os números de janeiro a junho deste ano foram divulgados em coletiva de imprensa, nesta quinta-feira (21)

Em Pernambuco, contratações do Banco do Nordeste crescem 42,3% no primeiro semestre Em Pernambuco, contratações do Banco do Nordeste crescem 42,3% no primeiro semestre  - Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

Em Pernambuco, o Banco do Nordeste (BNB) alcançou, no primeiro semestre de 2025, R$ 3,67 bilhões em contratações, somando todas as fontes de recursos do banco. O montante representa um aumento de 42,3% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram contratados R$ 2,58 bilhões. Os números de janeiro a junho deste ano foram divulgados em coletiva de imprensa, nesta quinta-feira (21), no escritório do BNB no Recife, localizado no bairro da Boa Vista. 

De acordo com a instituição, os valores contemplaram mais de 196 mil operações (crescimento de 6,2% em relação ao primeiro semestre de 2024). Nas operações de longo prazo, o aumento foi de 41,1% (R$ 2,7 bilhões). Já nas de curto prazo, o crescimento foi de 45,7% (R$ 966 milhões). 

O número é referente a pessoa física e jurídica e engloba todos os segmentos da economia local. O superintendente do BNB em Pernambuco, Hugo Luiz de Queiroz, destaca as áreas com maior crescimento em contratações. 

“Nós contratamos em relação a junho do ano passado mais de 40%. Foram R$ 3,6 bilhões aplicados aqui na economia pernambucana, com destaque para o microcrédito, e para a micro e pequena empresa. A indústria também saiu bastante fortalecida, e o turismo e o comércio e serviços. Então a gente conseguiu, além do valor aplicado, efetivamente colocar o recurso do banco naquelas atividades que são hoje sensíveis para o estado de Pernambuco”, afirmou. 

O microcrédito atingiu R$ 995 milhões em contratações (R$ 510 milhões nas áreas urbanas e R$ 485 milhões nas zonas rurais). Já o setor de comércio e serviço alcançou R$ 801,6 milhões (alta de 24,4% em relação ao ano passado). 

Em seguida, aparecem a pecuária (R$ 580 milhões); infraestrutura, (R$ 537,1 milhões), com aumento de 259,5% em comparação com 2024; e micro e pequenas empresas (R$ 486,8 milhões), alta de 8,6% em relação ao primeiro semestre de 2024. Já a indústria contratou R$ 257,7 milhões, um crescimento de 125,9%. Esse último aumento teve impacto direto com a política industrial do governo federal Nova Indústria Brasil (NIB). 

“A nossa principal missão é fazer o banco chegar a quem realmente precisa. Nós conseguimos aumentar a quantidade de operações para aqueles setores que são hoje tidos como prioritários. Crediamigo, Agroamigo, micro e pequena empresa, para o agronegócio e para a agricultura familiar. Então a gente, além do valor aplicado, fez com que esse recurso chegasse a mais pessoas, a mais municípios e a mais regiões”, mencionou Hugo. 

Pessoa física 
Já a contratação por pessoa física chegou a R$ 11,5 milhões, um aumento de 16,6% em relação ao primeiro semestre do ano passado. Essa modalidade é escolhida, principalmente, por pessoas que desejam instalar sistemas fotovoltaicos nas residências, por meio do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) Sol. 

“Do mesmo jeito que a gente atende infraestrutura, quando fala sobre energias, com projetos empresariais e gerações distribuídas, conseguimos atender, na nossa rede de agência, a pessoa física que quer fazer esse tipo de inserção em sua residência”, explicou a gerente executiva da superintendência do BNB, em Pernambuco, Jullyanna Rodrigues. 

Rural 
Com vocações estruturadas em Pernambuco, como o setor sucroenergético, a fruticultura, a avicultura e a pecuária, o agronegócio também se destacou no valor de aplicação. No setor, foram aplicados, aproximadamente, R$ 876,2 milhões no primeiro semestre (agricultura, agroindústria e pecuária). 

O BNB, por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura (Pronaf), incluindo o Agroamigo, alcançou R$ 556 milhões em contratações para a agricultura familiar. O valor equivale a mais de 38.600 operações de janeiro a junho deste ano. 

“É importante colocar o cunho social que tem o Pronaf que evita o êxodo rural, e estimula a produção de alimentos de uma maneira robusta. Além disso, tira essas pessoas da precariedade social, porque você estimula ele a produzir. Com isso, ele vai gerar renda, vai se manter e, mesmo que de forma pequena, gerar emprego, fazer uma aquisição e movimentar o comércio local”, destacou o superintendente. 

No Crediamigo, os desembolsos no primeiro semestre totalizaram R$ 510 milhões, uma alta de 24,4% em relação a 2024, com um ticket médio de R$ 3,4 mil. Além disso, foram realizadas 149 mil operações (alta de 13,6%), o que equivale a 832 operações por dia. 

“São os vendedores autônomos, as pessoas que ainda não tem CNPJ, que estão começando de fato os seus negócios, seus sonhos, ou que continuam sendo atendidos com o Crediamigo durante vários ciclos. O diferencial do crédito no Banco do Nordeste é porque a gente tem assessores que vão acompanhar e verificar se a aplicação de fato foi feita na atividade econômica e com isso, a gente consegue ter uma saúde financeira melhor desses clientes”, disse Jullyanna Rodrigues. 

O FNE também apareceu em destaque e respondeu por R$2,5 bilhões em crédito em Pernambuco no primeiro semestre. Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve um aumento de 30,6% no volume contratado com esses recursos. Já no turismo (hotéis e pousadas), importante motor da economia pernambucana, foram aplicados R$ 32,5 milhões no primeiro semestre.

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