Sex, 05 de Dezembro

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Entenda os quase 90 mil cargos em concursos incluídos no Orçamento de 2026

Nem todas as vagas vão virar contratação: saiba o que é criação, provimento e quais áreas concentram mais postos

Estudante preenchendo gabarito de prova de concursoEstudante preenchendo gabarito de prova de concurso - Foto: Freepik

O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026, entregue pelo governo ao Congresso Nacional em 29 de agosto, prevê 89.058 vagas em concursos federais. O número engloba tanto a criação de novos cargos quanto o provimento de postos já existentes, mas nem todas as vagas se transformarão em contratações imediatas.

De acordo com o texto, 41.187 vagas são destinadas à criação de cargos e 47.871 ao provimento — isto é, concursos já realizados ou a serem abertos para reposição de cargos vagos. A maior parte está no Poder Executivo, com 81,4 mil vagas, seguido pelo Judiciário (6,1 mil), Defensoria Pública da União (810), Ministério Público da União (357) e Legislativo (296).

Educação concentra a maior fatia
No Executivo, o destaque é a rede federal de ensino. Estão previstas 22,5 mil vagas no Banco de Professor-Equivalente e no Quadro de Referência de Técnicos Administrativos em Educação, além de até 29,8 mil novos cargos condicionados à aprovação de lei. O orçamento também reserva recursos para militares das Forças Armadas e para as forças de segurança do Distrito Federal.

Nomeações imediatas
Apesar do volume total, apenas 11.382 vagas têm chance de provimento imediato em 2026, incluindo as 3.652 do Concurso Nacional Unificado (CNU), cuja segunda edição será realizada neste ano. O impacto dessas nomeações é estimado em R$ 1,5 bilhão.

 

Impacto fiscal
As despesas com pessoal do Executivo devem subir de R$ 315 bilhões em 2025 para R$ 350,4 bilhões em 2026, alta de 11,2%.

Além dos R$ 1,5 bilhão reservados para concursos e novas contratações, o PLOA prevê R$ 1,8 bilhão para reforçar o quadro de professores e técnicos nas universidades e institutos federais.

Próximos passos
O PLOA 2026 será analisado pelo Congresso Nacional e precisa ser aprovado até 22 de dezembro. O texto pode sofrer alterações durante a tramitação. A inclusão de vagas no orçamento, no entanto, não garante automaticamente a abertura de concursos: cada seleção depende de autorização do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos e da disponibilidade de recursos.

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