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Mudanças climáticas

Especialista diz que Brasil pode assumir liderança da transição energética global

O Brasil deve aproveitar a COP30, cúpula sobre mudança climática das Nações Unidas, para demonstrar às demais nações todo o seu potencial relacionado à transição energética

Já na categoria Compensação de Carbono, a Conferência tem como patrocinador a AmbiparJá na categoria Compensação de Carbono, a Conferência tem como patrocinador a Ambipar - Foto: Freepik

O Brasil reúne condições para liderar a transição energética e suprir as demais nações dos minerais críticos e estratégicos para esta necessária expansão de energia limpa.

É o que afirmou Laurence Tubiana na Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias, em palestra nesta 4ª feira (6/11), em Belém (PA).

Ela é CEO da European Climate Fondation (ECF), representante especial do governo francês para a COP 21, que selou o Acordo de Paris em 2015 – compromisso dos países voltado a reduzir as emissões de gases de efeito estufa para que o aumento da temperatura do planeta fique abaixo de 1,5 ºC. 

“É uma oportunidade econômica excelente para o Brasil, que, por exemplo, tem entre 60% e 70% dos recursos minerais que são utilizados para os carros elétricos(...) e tem vantagens competitivas para desenvolver energia limpa a partir de hidrogênio verde e utilizar biocombustíveis de forma mais ampla do que em outros países. A bioeconomia é um ponto forte do Brasil”, disse.

O Brasil, segundo ela, deve aproveitar a COP30, cúpula sobre mudança climática das Nações Unidas a ser realizada no Brasil em 2025, para demonstrar às demais nações todo o seu potencial relacionado à transição energética e às formas como pode vir a liderar esse movimento.      

“O Brasil vai ter que ajudar outros países (a concretizar a transição energética), que precisam de um líder nesta matéria”, afirmou. A COP30, em sua visão, vai significar “a entrada do Brasil na COP. Será a COP do Brasil e sobre o Brasil. Vai evidenciá-lo para o mundo”.

O encontro em Belém tem a participação de indígenas, quilombolas, povos ancestrais, ribeirinhos, acadêmicos, jornalistas, empresários, ambientalistas, governo, parlamentares, diplomatas e demais representantes de governos. 

A Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias é organizada pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM). Tem a parceria do Governo do Pará e é apresentada pela Vale e tem como patrocinadores na categoria Master, as empresas BHP, Hydro; como patrocinadores Belém, o Itaú e a MRN; como patrocinador Gestão de Resíduos, a empresa Alcoa; como patrocinadores Sustentabilidade, o Conselho Indígena Mura e a Potássio Brasil.

Já na categoria Compensação de Carbono, a Conferência tem como patrocinador a Ambipar. A Latam é a companhia aérea oficial do evento.
 

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