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Economia

Estudo indica o potencial mineral de Pernambuco

Mapeamento do CPRM no Estado foi apresentado ao empresariado para apontar metais que podem ser explorados

Evento apontou novas potencialidades minerais no NordesteEvento apontou novas potencialidades minerais no Nordeste - Foto: Kleyvson Santos

Com 60% de sua área geológica mapeada, Pernambuco foi contemplado terça-feira com mais um instrumento para ampliação do seu potencial mineral. É que o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) promoveu, no auditório do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (CREA-PE), o lançamento do levantamento que tem como principal objetivo promover avanços no conhecimento sobre as áreas localizadas em Buíque e no sertão do Araripe. O trabalho aponta indícios de minerais que podem ser explorados no futuro.

Denominada de Folha de Buíque, o mapeamento geológico feito da região abrangeu uma área de 3 mil quilômetros quadrados. Graças a ele, foi descoberto que o território, localizado no semiárido pernambucano, cuja economia é baseada na agricultura, é muito promissor para a exploração de depósitos de minerais metálicos. Segundo o levantamento, na região, foram cadastradas 41 ocorrências consideradas inéditas. Entre elas, importantes anomalias de terras raras, enriquecidos notadamente em tório, matéria-prima de grande relevância econômica e estratégica, cuja produção mundial hoje concentra-se 97% na República Popular da China.

De acordo com a pesquisadora em geociência do CPRM no Recife, Maria Angélica, isso significa que, na região de Buíque existe uma tendência que aponta para o aparecimento de ouro e minerais que podem estimular o desenvolvimento da região. “Temos uma ocorrência de ouro na região, o que oferece novas opções para os interessados prospectarem", explica a pesquisadora ao completar que baseado nesse indicativo, já há empresa interessada em desbravar a área.

Segundo o geólogo do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e coordenador do informe do Araripe, Geysson de Almeida Lages, apesar de manter a sua vocação natural para exploração de gipsita, utilizada na fabricação de gesso, o mapeamento apontou a existência de minerais com alta possibilidade de retorno financeiro. “O que destacamos lá foi a presença da celestita, um mineral que está presente na tecnologia, e é usado para dar coloração verde aos equipamentos tecnológicos", revelou.

De acordo com os geólogos presentes, além de facilitar o caminho para as mineradoras, que geralmente não encontram facilmente os locais que têm potencial para serem explorados, o mapeamento serve de base para ações de infraestrutura, mostrando as melhores regiões para construir uma pedreira e rodovias, por exemplo.

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