Gabinete Recentro se aproxima do empresariado do setor imobiliário
A chefe do Gabinete Recentro da PCR, Ana Paula Vilaça, esteve na última terça-feira (29), na sede da Ademi-PE para apresentar plano de reabilitação do Centro do Recife ao setor privado
O almoço promovido pela Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi-PE), da última terça-feira (29), serviu para estreitar laços entre o empresariado do setor e a Prefeitura do Recife, com a presença da chefe do Gabinete Recentro, Ana Paula Vilaça. No encontro, foi discutido o novo plano Centro do Recife na Rota do Futuro, que visa a requalificação urbana e o fortalecimento econômico da área central da capital pernambucana.
Apresentado no início de abril, o projeto foi esmiuçado na reunião com a intenção de trazer o setor imobiliário para a viabilização do projeto que segue os seguintes pilares: habitabilidade, mobilidade ativa, dinamização econômica e desenvolvimento social e cultural. Para Ana Paula Vilaça, a sinergia entre o setor público e privado é um fator importante para a materialização do projeto que visa a reabilitação das áreas centrais da cidade.
“Definimos alguns eixos de intervenção ligada à habitabilidade, desenvolvimento econômico, construção e melhoria do espaço urbano, então a partir desses eixos de projetos prioritários a gente vai poder fazer as intervenções de forma coordenada. Então o grande objetivo desse plano é que a gente potencialize as ações do poder público e do setor privado também”, pontuou a secretária.
Entre os bairros de principal foco do Programa Recentro estão: Santo Antônio, São José, Cabanga, Boa Vista, Ilha de Joana Bezerra e Santo Amaro.
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Como parte dos esforços para recuperar as atividades do centro do Recife, que hoje enfrenta problemas ligados à falta de oferta de moradia, comércio enfraquecido e sensação de insegurança pelas pessoas que passam por ali, Ana Paula Vilaça destaca que os planos para o centro preveem a inclusão de moradias voltadas a diferentes faixas de renda.
Oferta
Segundo dados levantados para a Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo do Recife (LPUOS), o centro da cidade não oferece opções de moradia para famílias com renda entre R$ 1.500 e R$ 8.000 — faixa que representa 60% da população recifense. A legislação de parcelamento do solo, em discussão nos últimos meses pelo setor público e privado, visa alterar as leis urbanísticas do município do Recife, com objetivo na requalificação de imóveis inutilizados e fomento a habitações de interesse social.
Para o presidente da Ademi-PE, Rafael Simões, o plano de revitalização do Recife amadurece o estímulo do poder público para a criação de habitações variadas. “Esse amadurecimento se concretiza com a nova lei de desocupação no solo, no qual há claramente um estímulo para que habitações construídas no centro da cidade, elas sejam bonificadas com potencial construído em regiões valorizadas”.
Ações
A necessidade de habitação nos bairros que compõem o centro da capital pernambucana já era um ponto trabalhado pelo Gabinete Recentro mesmo antes da apresentação do Plano Centro do Recife na Rota do Futuro.
Em fevereiro deste ano, o gabinete estabeleceu uma parceria com o Banco do Nordeste (BNB) e a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) para viabilizar financiamentos de complexos multiúsos localizados nos bairros abarcados pelas ações do Programa Recentro. A disponibilidade de crédito contava com investimentos de R$ 2 bilhões para impulsionar o comércio e a habitação de forma simultânea nesses locais.
“A gente está na fase de fomento, de captação e explicação para esses investidores. Então, tanto a equipe do Recentro como do BNB está atendendo os interessados para que a gente possa explicar os requisitos, os critérios e possa fazer essa atuação”.

