Galeão: COR e concessionária querem agilizar operações em situações de crise e emergência
No ano em que o Rio recebe a cúpula do G-20, acordo entre Centro de Operações e a concessionária que opera o Galeão, prevê protocolos para ocorrências atípicas, que serão testados em simulados
Diante da expectativa de um segundo semestre bem movimentado no Galeão e da realização da reunião da cúpula do G-20, em novembro, o Centro de Operações Rio (COR) e a concessionária que opera o aeroporto internacional da cidade assinaram um acordo de cooperação técnica.
A parceria prevê, além da troca de dados, agilizar a operação de ambos em situações de crise e de emergência. É o caso, por exemplo, de um incêndio, de um acidente ou até de uma invasão de pista no Tom Jobim.
Segundo o chefe-executivo do COR, Marcus Belchior, serão desenvolvidos protocolos operacionais para cenários considerados de risco e ocorrências atípicas. E a eficiência de cada um deles será testada através de simulados.
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"É um dever do Rio de Janeiro e de qualquer outra cidade grande no mundo fazer um gerenciamento de risco constante. É importante a construção desses acordos para criarmos planejamento" diz Belchior. "Não estou dizendo que há tendências de acontecer algo. Mas caso aconteça uma determinada crise, seja ela qual for, temos que ter um protocolo estipulado para facilitar a tomada de decisão. Todos os protocolos operacionais existem justamente para que, num momento de crise, as pessoas não precisem pensar".
Belchior chama a atenção ainda para a importância do fluxo de informações gerado entre o COR e o Galeão:
"O Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro é a principal porta de entrada da cidade. Então, para ter um diagnóstico cada vez mais assertivo da cidade, precisamos ter informações, dados. Assim, se pode construir métricas, indicadores e protocolos. Mas, quando se constrói esses acordos, é uma via de mão dupla. Eles nos repassam dados, e existe uma análise nossa".
A concessionária RIOgaleão, nas ocasiões que considerar necessárias, como durante grandes eventos, poderá ter um representante trabalhando dentro do COR. No local, além dos órgãos da prefeitura do Rio, operam estado, governo federal, concessionárias de serviços públicos e modais de transporte.
O termo foi assinado no prédio do Centro de Operações, situado na Cidade Nova, pelo chefe-executivo do COR e pelo Diretor de Operações do RIOgaleão, Dimas Salvia. O acordo não prevê transferência de recursos financeiros entre as partes. Além disso, possui uma cláusula de sigilo de informações, visando a resguardar o COR e a RIOgaleão.