Ter, 23 de Dezembro

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Economia

Gigantes de TI contra um “destemperado”

As empresas alegam, entre outros pontos, que serão impedidas de competir no mercado global, já que ficarão limitadas na contratação de alguns dos melhores talentos do mundo.

Hercilia_NovaHercilia_Nova - Foto: Divulgação

As críticas e mobilizações mundo afora, em todos os setores, em torno da medida de Donald Trump que impede a entrada de imigrantes de sete países com maioria muçulmana em território norte-americano, ganhou reforço no munto da TI. Nada menos que cem empresas do setor, incluindo Facebook, Google, Apple, Microsoft, Netflix, Twitter, Uber e Airbnb, assinaram uma ação judicial na tentativa de barrar a medida. Todas contam com muitos imigrantes ou descendentes de imigrantes em seu corpo de funcionários, alguns deles em cargos de presidência.

As gigantes alegam, entre outros pontos, que serão impedidas de competir no mercado global, já que ficarão limitadas na contratação de alguns dos melhores talentos do mundo. Racismo e xenofobia são outros pontos citados na ação, assinada no último domingo.

Ainda segundo as empresas participantes do protesto, “os Estados Unidos são uma nação de imigrantes”. Todas concordam, ainda, que o governo americano precisa manter o país seguro, mas deve fazer isso focando em pessoas que realmente representam uma ameaça.

As empresas alegam, entre outros pontos, que serão impedidas de competir no mercado global, já que ficarão limitadas na contratação de alguns dos melhores talentos do mundo.

“Extreme vetting”
E por falar em barreiras para a entrada de pessoas de fora nos Estados Unidos, saiba que já tramita a proposta de uso do histórico de navegação na internet e as relações por meio de redes sociais, além dos contatos nos celulares, como informações a serem utilizadas na avaliação de pedidos de visto. Esta é a proposta do chefe do Departamento de Segurança da Pátria do país, general John Kelly.
Zuckerberg indignado > “Meus bisavós vieram da Alemanha, Áustria e Polônia. Os pais de Priscilla [esposa] eram refugiados da China e do Vietnã. Os Estados Unidos são uma nação de imigrantes, e devemos nos orgulhar disso...Devemos também manter as portas abertas para os refugiados e aqueles que precisam de ajuda. Isso é o que somos. Se tivéssemos desdenhado de refugiados algumas décadas atrás, Priscilla e sua família não estariam aqui hoje (...)”. Postagem de Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, sobre o decreto anti-imigração de Donald Trump.

ZERO RATING > Ainda sobre os “destemperos” de Donald Trump, Ajit Pai, novo presidente da Federal Communications Commission, a agência reguladora de telecomunicações dos Estados Unidos, cancelou investigações em curso sobre a oferta de planos de acesso à internet sem consumo de franquia, ou ‘zero rating’. Ele é assumidamente adversário das regras de neutralidade de rede implantadas durante a gestão de Barak Obama.

PÓS-PAGOS > O balanço do ano de 2016 divulgado pela TIM demostrou que a operadora obteve crescimento na base de assinantes. Pernambuco foi um dos quatro estados do Nordeste onde a empresa encerrou o ano na liderança de mercado, com cerca de 34% de participação nesse segmento. Em linha com o resultado, a empresa anunciou a reformulação de planos pós e controle, que passam a oferecer serviços de música, leitura e backup incluídos no valor da mensalidade, sem cobrança adicional nem consumo da franquia de dados contratada.
TV POR ASSINATURA > A Oi TV foi a única operadora a registrar crescimento no comparativo entre os grandes grupos econômicos do mercado, em 2016, segundo relatório da Anatel. O serviço ampliou sua base de clientes cerca de 12%. Em Pernambuco, o crescimento foi de 29,01% .
DESCANSO > A colunista que vos escreve entra, a partir de hoje, em período de férias. Em março, a coluna @Tech volta à sua regularidade de publicação semanal. Até lá!

 

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