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TARIFAÇO

Governador do Ceará se reúne com Haddad e sugere que governo compre produção de pescados

A tarifa de 50% começa a valer em 6 de agosto, até o momento quase 700 produtos entraram na lista de exceção e não serão taxados

Reunião com Governador do Ceará, Elmano de Freitas, com o ministro Fernando HaddadReunião com Governador do Ceará, Elmano de Freitas, com o ministro Fernando Haddad - Foto: Diogo Zacarias/MF

O governador do Ceará, Elmano de Freitas ( PT), se reuniu nesta sexta-feira com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir os impactos da tarifa de 50% imposta pelo governo dos Estados Unidos a produtos brasileiros.

Segundo ele, mais de 60% das exportações do estado correspondem ao aço — que ficou de fora da medida após a divulgação da lista de exceções —, mas outros segmentos relevantes, como pescado, fruticultura, cera de carnaúba e castanha de caju, ainda podem ser afetados.

Após a reunião, Elmano informou que apresentou ao ministro sugestões para apoiar empresas e preservar a competitividade dos produtos, evitando prejuízos e perdas de mercado.

Entre as propostas, está a possibilidade de que o governo, seja estadual ou municipal, possa adquirir parte da produção de pescado originalmente destinada à exportação para os EUA, de forma a absorver o excedente e garantir renda aos produtores.

— Trouxemos a possibilidade de aquisição pelo governo, seja do estado do Ceará, seja dos nossos municípios, de produtos que exportamos para os EUA. O ministro recebeu com muito bom grado a sugestão e queremos ampliar essa possibilidade e esse mecanismo. Para isso, provavelmente será preciso uma mudança na legislação que permita que estados e municípios possam ajudar setores produtivos do país, especialmente no Ceará, para aliviar esse momento de dificuldades dos nossos empresários — afirmou o governador.

A tarifa de 50% começa a valer em 6 de agosto. Até o momento quase 700 produtos entraram na lista de exceção e não serão taxados.

Ele destacou que cada setor produtivo tem características próprias e que, em alguns casos, a compra direta pelo Estado é viável, enquanto em outros será necessário buscar mecanismos alternativos de apoio.

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