Sáb, 06 de Dezembro

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Governo decide aumentar mistura do etanol nos combustíveis; medida vale a partir de agosto

Percentual de participação do biocombustível na gasolina vai subir de 27% para 30%

EtanolEtanol - Foto: Arthur de Souza/Arquivo Folha de Pernambuco

O órgão do governo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou nesta quarta-feira (25) o aumento da mistura do etanol na gasolina para 30%. Hoje, esse percentual é de 27,5%. Também aprovou o aumento do biodiesel no diesel de 14% para 15%. As medidas valem a partir de 1º de agosto.

O Conselho é presidido pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e serve como órgão de assessoramento à Presidência na formulação de políticas sobre o setor de energia. O colegiado é composto por diversos ministérios.

Testes conduzidos pelo Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) divulgados em em março, segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), comprovaram a viabilidade técnica do novo combustível.

A estimativa é de haja uma redução de até R$ 0,13 por litro da gasolina, impacto que também irá contribuir para o controle da inflação, de acordo com o ministro Alexandre Silveira.

A transição da mistura de 27,5% para 30% deve evitar a importação de 760 milhões de litros de gasolina por ano, de acordo com o governo. Isso representará um aumento de 1,5 bilhão de litros na demanda por etanol e um investimento estimado em R$ 9 bilhões no setor.

A legislação permite ampliar o limite de etanol na gasolina para até 35%, desde que comprovada a viabilidade técnica. Os testes do IMT foram acompanhados por entidades do setor automotivo, como Anfavea, Sindipeças, Abraciclo e Abeifa.

A Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio) celebrou a decisão. Segundo o grupo, a medida fortalece a segurança energética e alimentar dos brasileiros.

"Em meio a tantas incertezas no cenário internacional, que afetam preços e causam instabilidade nos mercados, a decisão do governo brasileiro promove a soberania nacional, ao tempo em que garante a expansão de investimentos na ordem de R$ 200 bilhões; impulsiona a transição energética, reduz a emissão de gases estufa, além de estabilizar os preços da cadeia de proteínas", afirmou a Frente.

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