Governo federal prepara reunião com setor privado e quer discutir saídas para preço dos alimentos
Prévia da inflação de fevereiro mostra que o preço dos produtos alimentícios continua subindo
Preocupado com a alta nos preços dos alimentos, o governo planeja se reunir com o setor privado, nesta quinta-feira, para buscar soluções. Serão convidados para um encontro, em Brasília, representantes dos produtores de açúcar, etanol, carnes e biodiesel.
Uma das saídas em estudo seria a redução das tarifas de importação de alimentos. Segundo um integrante do governo, porém, não está nos planos do governo adotar medidas antes do Carnaval.
A ideia agora é ouvir o que o setor privado tem a dizer e como evitar a escalada de aumentos que se refletem na inflação, deixam os alimentos mais caros para o consumidor e afeta negativamente a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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O assunto foi discutido, nesta terça-feira, em reunião entre os ministros da Fazenda e da Agricultura, Fernando Haddad e Carlos Fávaro. A proposta de uma reunião, apresentada a Lula.
Do lado do governo, devem participar os titulares dos ministérios da Fazenda, da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário, da Casa Civil, da Secretaria de Comunicação e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O resultado da prévia da inflação, medida pelo IPCA-15, saíram nesta terça-feira e mostraram que o preço dos alimentos continua subindo em fevereiro. Ainda que a alta de 0,61% tenha sido um pouco menor que em janeiro, quando o número foi de 1,06%, itens como o café, que já vinham pressionando o índice nos meses anteriores, ficaram ainda mais caros.
O cenário vem sendo motivo de preocupação para o presidente Lula, uma vez que comer pesa cada vez mais no bolso dos brasileiros, principalmente para as famílias mais pobres.
Confira na lista a seguir alguns dos preços que mais subiram em fevereiro:
Pepino: 37,02%
Cenoura: 17,62%
Café moído: 11,63%
Peito de frango: 4,05%
Largarto: 3,9%
Banana maça: 3,7%
Tomate: 3,24%
Ovo de galinha: 2,56%
Fígado: 3,36%
Chocolate em barra e bombom: 2,01%

