Qui, 25 de Dezembro

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Conjunto de ações

Governo quer permitir uso de recursos de planos de previdência como garantia de empréstimos

Medida faz parte de pacote para destravar mercado de crédito

Ministro da Fazenda, Fernando HaddadMinistro da Fazenda, Fernando Haddad - Foto: Lula Marques / Agência Brasil

O governo Lula divulga nesta sexta-feira (20)  um conjunto de ações para facilitar o acesso e reduzir as taxas de juros nesse mercado. O Ministério da Fazenda listou um total de 13 ações, entre as quais projetos que já estão no Congresso Nacional e que o governo pedirá urgência na tramitação.

Também fazem parte do pacote ações para destravar as parcerias público-privadas (PPPs) nos estados e municípios — uma bandeira do ministro Fernando Haddad, abraçada também por outros integrantes do governo.

As medidas são voltadas para reduzir o que o governo considera barreiras e ineficiências existentes no mercado de crédito, proteger investidores no mercado de capitais, melhorar o funcionamento das instituições que dão suporte aos mercados bancário e de capitais, e aprimorar o processo de utilização de garantias.

— O custo do crédito no Brasil, a meu ver, tem problemas estruturais, inadimplência, baixa concorrência, assimetria de informações, mecanismos insuficientes para investidores e poupadores — disse o secretário de Reformas Econômicas, Marcos Barbosa Pinto.

Uma das principais medidas será um projeto de lei para autorizar a utilização, como garantia de operações de crédito junto a instituições financeiras, dos recursos de planos de previdência complementar aberta, de seguros de pessoas, e de títulos de capitalização. Segundo Pinto, hoje são mais de R$ 1,2 trilhão nesse mercado que podem servir de garantias.

— O objetivo é que o poupador não tenha que sacar seus recursos numa necessidade de crédito. Isso pode destravar uma quantidade de empréstimo gigantesca — afirmou.

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A proposta visa facilitar e melhorar as condições de acesso ao crédito da população, possibilitando que o crédito seja ofertado com taxas de juros mais baixas, de acordo com o governo.

Além disso, preserva os incentivos para investimentos de longo prazo e formação de poupança de caráter previdenciário, evitando que participantes e segurados efetuem resgates de seus recursos alocados nesses produtos em condições desfavoráveis em caso de necessidade de liquidez imediata.

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