Gripe aviária: primeiros 15 dias após a doença serão decisivos, afirma ministro
Fávaro afirma que surgimento de casos suspeitos mostra que sistema brasileiro está funcionando
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, indicou, nesta segunda-feira, que as próximas duas semanas serão decisivas para avaliar a extensão da crise causada pelo surgimento de um foco de gripe aviária no Rio Grande do Sul, no fim da semana passada. Segundo o ministro, se não houver novos registros da doença, a situação ficará sob controle.
— Quando passar 15 dias e não acontecer, a tendência é não surgir um novo caso — afirmou o ministro ao Globo.
Fávaro ressaltou que o ciclo do foco da doença em aves é de cerca de 28 dias. Ele afirmou que o surgimento de casos suspeitos de gripe aviária, como os investigados em Santa Catarina e no Tocantins, mostram que o sistema sanitário brasileiro está funcionando e a população está em alerta.
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— Se estão surgindo (casos suspeitos), é porque o sistema está funcionando e a população está em alerta. Não está esparramando — disse. — Temos que investigar com total transparência. Ao darmos transparência, transmitimos confiança e isso evita especulação — completou.
A crise que causou a suspensão das vendas de carne de frango e subprodutos de aves para diversos parceiros internacionais começou no fim da semana passada, com a confirmação do primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial, no Rio Grande do Sul. Ele demonstrou otimismo.
— Temos experiência em outros episódios, como a New Castle.
De acordo com o ministro, o governo brasileiro tem encaminhado informações aos parceiros internacionais cotidianamente. A expectativa é que, passado o período mais crítico, mercados que suspenderam as importações de carne de frango e subprodutos de aves de todo o Brasil, como China e União Europeia, poderão restringir a suspensão às compras oriundas do Rio Grande do Sul.

