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Inovação

IEL/PE aposta na Escola de Negócios

O superintendente, Israel Erlich, fala um pouco sobre a atuação da Escola, mercado, pandemia, e outros assuntos

Escola de Negócios do IEL/PE tem o objetivo de atender ao ambiente corporativo com treinamentos personalizados. Com uma metodologia única, a Escola proporcionaEscola de Negócios do IEL/PE tem o objetivo de atender ao ambiente corporativo com treinamentos personalizados. Com uma metodologia única, a Escola proporciona - Foto: Divulgação

O mundo mudou e a forma de aprender também. A quarta revolução industrial está promovendo mudanças significativas nas competências dos trabalhadores e uma das instituições que está atenta a esse processo é o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) de Pernambuco. 

Pensando nisso, o Instituto está lançando a Escola de Negócios, com o objetivo de atender ao ambiente corporativo com treinamentos personalizados. Com uma metodologia única, a Escola proporciona aulas on-line, ao vivo, promovendo networking com conteúdos exclusivos. 

Confira abaixo uma entrevista com o superintendente do IEL-PE, Israel Erlich, sobre o ambiente corporativo, a tendência do mercado na atualidade, os desafios em meio à crise e sobre como a expertise de 51 anos do Instituto pode contribuir para a retomada da economia no pós-pandemia. 

Atualmente, vivemos um cenário de desemprego. Como transformar esse desafio em oportunidade para voltar ao mercado de trabalho? 

Sabemos que hoje o Brasil vive uma das suas realidades mais difíceis, com desemprego e com uma pandemia que nos inviabiliza de planejar o que sonhamos para a nossa carreira. Por outro lado, e pensando no longo prazo, sabemos que a capacitação e a qualificação de um profissional são caminhos que contribuirão para a melhora do ritmo de expansão da economia, da produtividade e da competitividade do País. 

A Escola de Negócios do IEL-PE chega com esse intuito: de fomentar o treinamento de profissionais que estão nas mais diversas atividades sejam do perfil mais estratégico ou operacional. Em recente pesquisa, a CNI identificou que cinco em cada dez indústrias enfrentam a falta de trabalhador qualificado e isso acontece também por falta de investimento nos treinamentos necessários para intensificar a qualidade da educação básica e profissional. 

As empresas devem entender que o treinamento permanente é fundamental para que os conhecimentos teóricos e práticos sejam reciclados e acompanhem as mudanças do mercado, que, de uns tempos para cá, têm sido muitas. 

De que forma a Escola de Negócios do IEL pretende alcançar esse nicho de mercado? 

De março de 2020 para cá, muita coisa mudou. O que antes era uma prática nas empresas, hoje, já não é mais. Então, é preciso que os negócios estejam minimamente preparados para enfrentar as transformações sociais e tecnológicas, pois, do contrário, assistiremos o fim de muitas empresas que não se adaptaram ao mundo durante e pós-pandemia. 

Entendemos que, mais do que criar negócios que resistam a crises, é necessário que as empresas se deem a chance de criar produtos ou serviços disruptivos e sejam capazes de se adequar rapidamente a qualquer nova possibilidade. E um bom caminho para isso é ter a equipe por perto, com engajamento e vontade de fazer. As empresas que sobreviveram a este processo, certamente, estiveram mais junto, investiu em pessoal, em capacitação, em networking e transformou a atividade dos seus negócios em valor. 

Nesse contexto, como tem sido a adaptação dos participantes ao formato online e quais cursos vocês ofertam? 

O modelo on-line também surgiu para a nossa Escola de Negócios como um desafio. No entanto, como falei na resposta anterior, ou seriamos inovadores ou não conseguiríamos atingir o nosso objetivo principal: que é treinar equipes que estão em busca de alavancar sua produtividade. 

Hoje, temos um diferencial das demais escolas, pois oferecemos um conteúdo totalmente exclusivo com exibição ao vivo e on-line, o que permite que tanto os participantes quanto o instrutor interajam entre si e conquistem o que tanto buscam que é fazer negócios e estar com as pessoas certas no lugar certo, mesmo que não seja presencial. 

Entendemos que não há mais espaço para o argumento de que não é possível fazer novos negócios porque estamos na pandemia. É preciso agir dando o primeiro passo. E nós fizemos isso. Hoje, o nosso leque de capacitação vai desde cursos voltados à gestão, à liderança, ao design thinking até a gamificação como ferramenta para alavancar resultados. 

A retenção de talentos passa por uma boa capacitação e pelo desenvolvimento de líderes. Como a Escola de Negócios enxerga essas ferramentas como estratégicas? 

São muitos importantes, porque uma empresa sabe quando um profissional é bem capacitado e, por isso, não abrirá mão dele. Estar preparado para o mercado de trabalho, seja por treinamento ou aperfeiçoamento da sua carreira, é decisivo para o momento da contratação. 

Vivemos, atualmente, uma crise sem precedente e as empresas estão sentindo esse reflexo, sem dúvidas, mas elas também estão prezando pelos bons, pelos que dão resultado e pelos os que dão sustentabilidade aos negócios. E o melhor: as companhias estão dispostas a “brigar” por eles, pois elas sabem o quanto é difícil reter o bom talento. Segundo relatório da HayGroup, 64% das empresas têm dificuldade na retenção de colaboradores, sendo este cenário ainda é pior nas pequenas empresas, cujo orçamento se apresenta ainda como um desafio. 

Para as empresas que se encaixam nessa realidade, manter os profissionais capacitados e estimulados pode ser decisivo para reverter esse cenário. 

Como usar o treinamento para enfrentar a falta de trabalhador qualificado?

O caminho é investir em treinamento. Em uma de suas pesquisas recentes, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) sinalizou que mais de nove em cada dez empresas relatam a falta de mão de obra qualificada e que têm políticas e ações para lidar com a situação. 

Entre as ações, de acordo com o levantamento, se destacam, em primeiro lugar, a qualificação na própria empresa, com 85% das respostas. Em seguida, com 42% das menções, aparece a capacitação fora da empresa (cursos externos) e, em terceiro lugar, com 28% das citações, o fortalecimento da política de retenção do trabalhador. 

No entanto, sabemos que muitas empresas têm dificuldade para este processo, é tanto que a pesquisa indicou que 88% dos empresários dizem que enfrentam dificuldades para fazer investimentos em formação da mão de obra. Para esse grupo, o principal obstáculo, com 53% das citações, é a má qualidade da educação básica. Por isso que o Sistema FIEPE vem apostando na educação de qualidade, investindo desde a educação básica até o aperfeiçoamento deste profissional no mercado de trabalho. 

Para reverter essa crise, notou-se que o caminho mais seguro é investir em pessoal. Então, o que esperar do futuro do mercado para as pessoas no pós-pandemia e, sobretudo, após a revolução tecnológica em que vivemos durante esse processo? 

A pandemia nos deixou alguns ensinamentos, entre eles o de que, independentemente do cenário em que vivemos, o mercado de trabalho é mutável e exigente. Infelizmente, com a crise, ele também é o primeiro a ser atingido quando as empresas estão diante de uma conta que não fecha como manter os empregos sem fluxo de caixa. 

Mas para os que conseguiram manter seu quadro de pessoal, fica a lição de que tanto a empresa quanto os profissionais vão precisar estar cada vez mais atentos à mudança tecnológica, sendo flexíveis ao cenário vivido por determinado negócio.

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