Sáb, 06 de Dezembro

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Itaú lucra R$ 11,5 bilhões no segundo trimestre e não vê impacto no crédito com tarifaço de Trump

CEO do banco Milton Maluhy, afirmou que instituição fez mapeamento sobre possíveis riscos

Itaú repetiu bons números dos trimestres anteriores e lucrou R$ 11,5 bilhões no segundo trimestre deste ano  Itaú repetiu bons números dos trimestres anteriores e lucrou R$ 11,5 bilhões no segundo trimestre deste ano  - Foto: Divulgação / Itaú

O Itaú Unibanco repetiu o resultado sólido dos últimos trimestre e registrou lucro líquido recorrente de R$ 11,5 bilhões no entre abril e junho deste ano, uma alta de 14,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Analistas de bancos classificaram o desempenho do Itaú como "inabalável".

— É um período de colheita, fizemos muitos investimentos e já vemos resultados relevantes. Fizemos entregas do varejo, do cofrinho, da gestão de gastos, toda agenda de inteligência artificial que o banco vem liderando. É uma gestão de dados modernizada, e esses são os benefícios de estar rodando em 'nuvem' e ter muito mais velocidade para entregar valor e resolver problemas de clientes — disse o CEO do banco, Milton Maluhy, durante apresentação dos resultados.

O Bradesco teve lucro de R$ 6,1 bilhões no mesmo período, enquanto o Santander Brasil lucrou R$ 3,6 bilhões.

 

Sobre o tarifaço de Trump, Maluhy disse que o banco acompanha desde o início, mas não vê qualquer impacto na carteira de crédito da instituição. Ele afirmou que o Itaú faz um mapeamento de segmento a segmento.

— A gente está muito confortável com os impactos até aqui, do ponto de vista da carteira de crédito. Não estou dizendo que eu estou confortável com as tarifas, é importante deixar isso bem claro — disse.

A carteira de crédito do banco chegou a R$ 1,389 trilhão, alta de 7,3% na comparação anual. A margem com clientes teve crescimento de 15,4% no trimestre, chegando a R$ 30,3 bilhões. Para o segundo semestre, mesmo com juros ainda elevados e possível desaceleração da economia, Maluhy disse que não vê grandes mudanças. Ele afirmou que os modelos do banco já previam juros mais altos durante a contratação de crédito no primeiro trimestre.

— Tudo que foi contratado no primeiro trimestre, já projetava os juros chegando onde chegaram, o desemprego. Tudo foi levado em conta nos nossos modelos. Então, não vejo nenhuma mudança olhando para frente — afirmou ele.

Banco para PMEs
Entre as novidades, no segundo trimestre, o banco lançou o Itaú Emps, um banco voltado para micro e pequenas empresas, segmento que tem acesso mais retrito ao crédito do que grandes empresas, que oferecem garantias.

Com esse braço de negócios, o Itaú busca ampliar sua presença no ecossistemade PMEs reforçando sua atuação em escala. O foco inicial está em negócios de sócio único com faturamento anual entre R$ 200 mil e R$ 3 milhões ao ano.

O Itaú Emps oferece serviços como pagamentos, recebimentos, crédito e assessoria financeira através de inteligência artificial generativa, desenvolvida com base nos dados do próprio banco. O clientes tambémn tem acesso a serviços de análise de fluxo de caixa, acompanhamento de vendas e sugestões de precificação. No trimestre, o crédito para PMEs cresceu 13,1% na comparação anual, e especialmente no segmento de pequenas empresas a expansão foi de 5,4%.

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