Meta amplia cabo submarino para atender região sul do Brasil e quatro países da América Latina
Projeto inclui trecho de 280 km em cabo que liga Rio, São Paulo, Buenos Aires e Porto Alegre
Dona do Facebook, WhatsApp e Instagram, a Meta anunciou nesta terça-feira que vai ampliar a infraestrutura de cabos submarinos no Brasil para atender usuários da região Sul e de quatro países vizinhos — a Argentina, o Chile, o Paraguai e o Uruguai.
A expansão será feita no cabo Malbec, construído em 2021, que hoje conecta Rio de Janeiro, São Paulo e Buenos Aires.
Com 2,5 mil quilômetros de extensão, o sistema será ampliado em mais 280 quilômetros para incluir Porto Alegre no trajeto. A conclusão da obra está prevista para 2027.
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Além da capital gaúcha e dos países do Cone Sul, a nova rota também vai atender usuários de Santa Catarina e Paraná. O projeto é desenvolvido em parceria com a empresa de infraestrutura V.tal.
Segundo a diretora de Políticas Públicas, Conectividade e Infraestrutura da Meta para a América Latina, Ana Luiza Valadares, a iniciativa deve beneficiar “milhões de pessoas no Brasil”. Esta será a primeira vez que um cabo submarino internacional chega ao Rio Grande do Sul.
O anúncio foi feito após uma reunião entre executivos da big tech e o governador Eduardo Leite. Em nota, a Meta destacou que a ampliação da estrutura é estratégica diante do avanço da inteligência artificial e do aumento da demanda por serviços online.
“Capacidade, resiliência e alcance global são hoje mais importantes do que nunca”, afirmou a companhia.
No início do ano, a empresa de redes sociais havia anunciado projeto para instalar 50 mil quilômetros de cabos submarinos que atravessa cinco continentes, chamado de Projeto Waterworth. A meta é criar a conexão mais longa do mundo nesse formato. Além da Meta, empresas como Google e Microsoft também tem investido na expansão dos cabos submarinos.
O controle sobre essas infraestruturas é relevante para essas empresas que lidam com volumes massivos de dados. A expansão de cabos submarinos por big techs, no entanto, levanta controvérsias. Entre os riscos, estão a concentração dessa infraestrutura crítica nas mãos de empresas privadas, com impacto sobre a soberania digital e a governança da internet.

