Na contramão de NY, Ibovespa sobe e volta a superar os 137 mil pontos
Entre os eventos esperados para a semana e que também podem interferir no índice estão a negociação pelo fim da guerra na Ucrânia, a ata de política monetária do Fedo
O Índice Bovespa opera em alta nesta segunda-feira, 18, contrariando o desempenho fraco dos índices de ações dos Estados Unidos, mas ainda em um ambiente considerado de instabilidade. De acordo com Bruna Sene, analista de renda variável da Rico, o mercado brasileiro de ações busca dar continuidade à recuperação vista em agosto, mês marcado pela safra de balanços que trouxe resultados majoritariamente positivos.
Além disso, as análises gráficas indicam que o índice ingressa agora em um canal de alta no curto prazo, podendo voltar à marca histórica, acima dos 140 mil pontos.
"A semana é de agenda fraca e os investidores fazem ajustes pós-balanços nas ações. O micro ainda é bem forte por aqui, uma vez que os balanços vieram bons na maioria", afirma ela, com a ressalva de que o tema das tarifas segue no radar dos investidores e pode voltar a trazer volatilidade aos negócios.
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Na avaliação de Guilherme Petris, operador de renda variável da Manchester Investimentos, embora o Ibovespa tenha andado "de lado" nos últimos pregões, os ganhos acima de 2% no acumulado em agosto mostram que o mercado reage positivamente à expectativa de afrouxamento monetário nos Estados Unidos, que eleva a atratividade dos ativos de risco, beneficiando os mercados acionários de países emergentes.
Entre os eventos esperados para a semana e que também podem interferir no apetite por risco estão a negociação pelo fim da guerra na Ucrânia, a ata de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e os discursos do seminário de Jackson Hole, nos Estados Unidos.
Às 11h49, o Ibovespa marcava 137.468,77 pontos, em alta de 0,83%.

