Sáb, 13 de Dezembro

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BALANÇO DO GOOGLE

O que o mundo quer entender em 2025: as 10 palavras tecnológicas mais buscadas, segundo o Google

Relatório anual mostra a virada definitiva para a automação, com foco em agentes de IA, segurança digital e tecnologias imersivas que moldam o novo cotidiano

Google divulga lista com termos mais buscados no mundo sobre tecnologiaGoogle divulga lista com termos mais buscados no mundo sobre tecnologia - Foto: Josh Edelson/AFP

O ano de 2025 marcou o encerramento da fase experimental da inteligência artificial e abriu caminho para a era da automação, em que sistemas são projetados para agir, decidir e executar tarefas sem supervisão contínua.

Segundo o relatório de tendências de pesquisa divulgado pelo Google na quinta-feira (4), a mudança mais significativa está na liderança do termo “IA Agética”, que ultrapassou a popular “IA Generativa” e se firmou como o principal foco das discussões globais.

A transição revela o novo momento do setor: se 2023 foi marcado pela curiosidade e 2024 pela integração da IA ao cotidiano, 2025 está consolidado como o ano da execução. A lista das dez palavras mais pesquisadas oferece um retrato direto das prioridades do ambiente digital atual, em que automação, imersão visual e proteção de dados determinam o rumo da inovação.

1. IA Agética
A ideia de sistemas capazes de operar como agentes autônomos conquistou atenção global. Diferentemente dos chatbots tradicionais, esses modelos planejam, decidem e realizam tarefas sem acompanhamento constante. Tornaram-se a base para “funcionários digitais”, que assumem rotinas como logística, reservas e análises internas, ampliando a produtividade e redefinindo responsabilidades dentro das empresas.

2. Computação Espacial
Com a popularização de headsets como o Apple Vision Pro e as novas linhas da Samsung e da Meta, a computação espacial deixou de ser promessa e passou a integrar a rotina doméstica. A tecnologia cria ambientes tridimensionais que misturam objetos digitais e o mundo físico, permitindo manipulação intuitiva de aplicativos e abrindo espaço para novas formas de entretenimento e trabalho.

3. Criptografia Pós-Quântica (PQC)
O avanço dos computadores quânticos gerou preocupações sobre vulnerabilidades futuras, impulsionando a busca por criptografia resistente a ataques ainda inexistentes, mas considerados iminentes. Empresas e governos adotam algoritmos capazes de antecipar esse cenário, numa tentativa de fortalecer a proteção de dados em um ambiente tecnológico cada vez mais sofisticado.

4. Gemini e a disputa entre LLMs
Integrado ao Android e a diferentes serviços domésticos, o Gemini passou a representar a categoria de assistentes multimodais. A sua ascensão ocorre em meio à disputa entre modelos de linguagem que buscam protagonismo em um ecossistema onde IA é base de praticamente todas as funções digitais.

5. Centrais de Casa Inteligente
O padrão Matter impulsionou a consolidação dos hubs domésticos, que deixaram de ser acessórios e passaram a ser o centro de automação das residências. As buscas se concentram em sistemas capazes de controlar energia, segurança e rotinas de maneira coordenada e com maior autonomia.

6. Tecnologia Sustentável
Com o aumento dos custos energéticos de centros de dados e novas pressões regulatórias, termos ligados à chamada tecnologia verde cresceram em relevância. A procura envolve desde sistemas de IA que consomem menos energia até baterias mais eficientes, refletindo a demanda por soluções que reduzam o impacto ambiental do setor.

7. Segurança contra Deepfakes
Em um ano marcado por processos eleitorais em várias regiões do mundo, a preocupação com manipulações digitais se tornou central. Ferramentas de verificação e marcas d’água digitais ganharam espaço nas buscas, alimentadas pelo receio de conteúdos sintéticos capazes de influenciar decisões públicas.

8. Governança de IA (AI TRiSM)
Empresas buscam mecanismos para monitorar riscos, evitar vieses e garantir transparência em sistemas autônomos. O conceito de TRiSM — que reúne confiança, risco e segurança — apareceu como prioridade para organizações que dependem de modelos cada vez mais complexos e autogeridos.

9. Computação Híbrida
A combinação entre CPUs, GPUs e NPUs se tornou padrão em dispositivos móveis e laptops. A possibilidade de executar modelos de IA localmente, sem depender de servidores externos, explica o crescimento do interesse por equipamentos capazes de lidar com tarefas avançadas de forma mais eficiente e privada.

10. Dispositivos vestíveis para saúde
Anéis inteligentes e sensores não invasivos de glicose impulsionaram as pesquisas por tecnologias focadas no monitoramento contínuo de biomarcadores. A tendência cresce à medida que os vestíveis deixam de registrar apenas atividades físicas e passam a antecipar possíveis alterações de saúde.

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