Ouro fecha em queda, com alívio nas tensões comerciais
O contrato do ouro para entrega em junho fechou em queda de 0,42%, a US$ 3.333,60 por onça-troy
Os preços do ouro recuaram nesta terça-feira, 29, em meio ao alívio nas tensões comerciais globais. O movimento reflete um cenário mais otimista após sinais de avanço nas negociações comerciais entre Washington e parceiros internacionais.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do ouro para entrega em junho fechou em queda de 0,42%, a US$ 3.333,60 por onça-troy.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que irá se reunir com representantes de ao menos 17 parceiros comerciais nas próximas semanas e indicou que um acordo com a Índia está "próximo de ser fechado".
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Ao mesmo tempo, sinais de que o presidente Donald Trump pretende suavizar tarifas de importação sobre o setor automotivo também contribuíram para a melhora no sentimento dos mercados.
Apesar da correção desta terça-feira, analistas avaliam que o movimento é técnico. "O ouro teve um rali acentuado nas últimas semanas e agora precisa descarregar parte da euforia", afirmou o analista da FXEmpire, Christopher Lewis. "Com tensões geopolíticas e incertezas comerciais ainda em jogo, o metal deve, ao menos, se manter firme nos níveis atuais."
David Morrison, da Trade Nation, destaca que o ouro precisa se consolidar nos patamares atuais ou poderá "enfrentar uma nova queda mais profunda e prolongada".
Dados mais fracos da economia americana também entraram no radar A confiança do consumidor caiu em abril e a criação de postos de trabalho em março ficou abaixo do esperado. Esse conjunto de fatores aumentou, ainda que levemente, as apostas dos analistas em um corte de juros pelo Federal Reserve até o fim do ano.
Em relatório divulgado hoje, o Banco Mundial projeta que os preços do ouro devem subir a US$ 3.250 a onça-troy em 2025, uma alta de 36% em comparação ao ano passado, e consolidar neste nível até o próximo ano. O metal precioso contraria a tendência de forte queda nos preços globais de commodities prevista pela instituição.

