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Padronização da nota de serviços será obrigatória em 2026 e ameaça repasses a cidades atrasadas

A partir de janeiro de 2026, modelo único da nota fiscal de serviços entra em vigor; apenas 291 cidades já emitem o documento e mais de 4 mil ainda não aderiram

Receita FederalReceita Federal - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A partir de janeiro de 2026, todas as prefeituras brasileiras terão de adotar o modelo nacional da Nota Fiscal de Serviço eletrônica (NFS-e). A medida, prevista na Reforma Tributária sobre o consumo, busca unificar a forma como os serviços são registrados no país e quer reduzir custos de conformidade para empresas — hoje obrigadas a lidar com regras diferentes em cada cidade.

Apesar da obrigatoriedade, a adesão ainda avança lentamente. Dados da Receita Federal mostram que, até o início de agosto, apenas 291 municípios estavam emitindo a NFS-e nacional de forma regular.

Outros 241 já configuraram o sistema, mas ainda não iniciaram a emissão. A maioria, no entanto, permanece no papel: 931 assinaram o convênio, mas não colocaram a ferramenta em funcionamento, e 4.107sequer formalizaram a adesão.

O atraso pode custar caro. Pela Lei Complementar nº 214/2024, cidades que não adotarem o padrão dentro do prazo podem perder transferências voluntárias da União — recursos que financiam desde obras de infraestrutura até programas sociais.

Segundo a Receita, além de facilitar a vida das empresas, a padronização deve dar aos municípios ferramentas para melhorar a gestão da arrecadação, ampliar a transparência e acompanhar de perto a atividade econômica local.

Para pressionar e orientar os que estão atrasados, o Fisco enviou cartas a 3.772 prefeituras que ainda não aderiram e mensagens eletrônicas pelo e-CAC. Equipes regionais estão sendo mobilizadas para prestar suporte técnico.

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