Para trabalhadores, fim da cobrança para sindicatos representa alívio
Nas ruas, mesmo quem irá de forma voluntária continuar a contribuir, comemorou o entendimento dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF)
Se para as empresas a definição do STF sobre o fim da obrigatoriedade da contribuição sindical ofertou mais segurança jurídica, para quem via o valor de um dia seu trabalhado sair, mesmo sem vontade, anualmente para a contribuição sindical, a decisão foi um alívio. Nas ruas, mesmo quem irá de forma voluntária continuar a contribuir, comemorou o entendimento dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Gente como o taxista há 20 anos, José Batista Bezerra Filho, de 63 anos, que se sentiu aliviado por ter menos uma obrigação a menos por ano. “Para a gente é melhor porque já que o táxi paga muitas obrigações, vai ser menos uma para pagar, apesar de que sempre contribuí e vou continuar contribuindo só para manter o sindicato vivo, somente", revela o taxista.
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Quem também comemorou o fim da obrigatoriedade foi a comerciante Adriana Bezerra, 32 anos, que mesmo sem nunca ter precisado dos serviços do seu sindicato, já ouviu muito falar de outros colegas que vão à procura de um sindicato e em sua maioria, não resolvem os problemas apresentados pelos trabalhadores. "Achei ótimo, porque não há necessidade, a gente não usa. No meu entendimento, o sindicato só serve para quando a pessoa é demitida. Fora isso, não serve para nada praticamente, pelo menos no meu caso", argumenta a comerciante.
Apesar de associado, para o cobrador de ônibus José Severino da Silva, 50 anos, foi melhor dessa forma. "Eu acho que foi melhor assim. Agora para quem frequenta o sindicato, tem as vantagens, como médico, treinamento para motorista, é outra realidade. Acho que isso vai de cada um continuar ou não a contribuir, mas entendendo que pelos atrativos e representatividade é melhor ser associado porque a classe fica mais unida e tem mais força", pondera.

