Pernambuco tem maior alta de renda domiciliar do país em 2024
Estado lidera variação percentual no rendimento médio mensal, que subiu 17,64% em relação a 2023. Crescimento está ligado à geração de empregos e à expansão da economia local
Pernambuco registrou, em 2024, a maior variação percentual no rendimento médio mensal domiciliar entre todos os estados brasileiros, segundo a Pnad Contínua sobre Rendimento de Todas as Fontes, divulgada pelo IBGE no último dia 8 de maio.
O valor passou de R$ 1.888,00 para R$ 2.221,00, um aumento de 17,64% em relação a 2023. É o maior crescimento já verificado pelo estado desde o início da série histórica da pesquisa, em 2013, e também o maior percentual alcançado por qualquer unidade da federação desde 2014.
A governadora Raquel Lyra considerou os dados um reflexo direto das políticas adotadas nos últimos anos.
“Um estado só cresce verdadeiramente se a sua população também estiver se desenvolvendo, com conquistas diárias. O levantamento da Pnad Contínua indica que, em Pernambuco, estamos no caminho certo com o crescimento do rendimento médio mensal domiciliar. Esse resultado positivo se soma a muitos outros. No primeiro trimestre, por exemplo, Pernambuco somou 4,2 mil novos empregos para as mulheres”, disse.
A melhora dos indicadores econômicos aparece também em outros levantamentos. Segundo o Novo Caged, divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, foram criadas 62,2 mil vagas formais no estado em 2024 — uma alta de 21,9% em relação ao ano anterior. No mesmo período, o Produto Interno Bruto (PIB) estadual cresceu 6,2% no quarto trimestre.
“Os empregos estão aparecendo e projetos têm saído do papel em todas as áreas, como estradas e obras hídricas. Vivemos, hoje, um jogo de ganha-ganha, com benefícios para o estado e a população”, afirmou a vice-governadora Priscila Krause.
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Fatores
A pesquisa do IBGE aponta que o principal fator para o aumento da renda foi o mercado de trabalho. A renda efetivamente recebida em todos os trabalhos subiu 23,24%, enquanto a renda habitualmente recebida teve alta de 19,90%. Já a renda vinda de programas sociais cresceu 5,36% na comparação com 2023. O resultado sugere que o aumento da renda tem origem majoritariamente na atividade econômica, e não na ampliação de benefícios sociais, como o Bolsa Família.
O secretário de Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Regional, Fabrício Marques, destacou a combinação entre melhora fiscal e novos investimentos.
“Pernambuco está retomando um patamar de crescimento econômico e de renda mensal da população que não se via há mais de uma década, o que o fez recuperar o protagonismo no Nordeste e ficar no topo do país. Demos um salto muito grande graças ao trabalho da gestão da governadora Raquel Lyra para resolver a situação fiscal e tornar o estado mais atrativo para novos investimentos privados, além de melhorar a infraestrutura para que os negócios que estão aqui sejam mantidos e ampliados com uma capacidade histórica de investir com recursos próprios e de captações de recursos”, ressaltou.
O secretário de Desenvolvimento Profissional e Empreendedorismo, Manuca, também relaciona os resultados ao estímulo ao empreendedorismo e à qualificação profissional.
“Esse crescimento, que foi o maior entre todos os estados do país, reflete o impacto das políticas do Governo de Pernambuco no fomento ao empreendedorismo, na interiorização da qualificação profissional, na ampliação do acesso ao crédito e incentivo à formalização. Nos últimos anos, a atual gestão reforçou os atendimentos a micro e pequenos empreendedores e investiu em programas de capacitação alinhados às demandas do mercado. Esses resultados demonstram que o desenvolvimento econômico só é sustentável quando está associado à geração de oportunidades reais para a população”, pontuou.
Para o secretário-executivo de Atração de Investimentos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Maurício Laranjeira, os números refletem o atual momento da economia local.
“O que é importante observar é que o item que mais cresceu é o rendimento que vem de trabalho e emprego, com mais de 20%, e não o de benefício social. Ou seja, todo o trabalho do Governo de melhoria do ambiente de negócios, facilitação do ambiente de negócios, atração de novos empreendimentos, novos investimentos e também os investimentos públicos, que geram muito emprego, estão sendo traduzidos nesses dados. O Governo está fazendo o ambiente propício para a economia melhorar por ela mesma e não via programas sociais. É aumento real”, afirmou.

