Petróleo fecha em alta, com tarifas, sanções à Venezuela e debates da Opep+ no radar
O contrato de petróleo WTI para abril fechou em alta de 2,52% (US$ 1,73), a US$ 70,35 o barril
Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta nesta quinta, 27, em meio a preocupações com a oferta e incertezas sobre as tarifas dos EUA.
A commodity também é apoiada pela decisão do presidente americano, Donald Trump, de revogar a licença da Chevron para operar na Venezuela e debates da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) sobre produção.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de petróleo WTI para abril fechou em alta de 2,52% (US$ 1,73), a US$ 70,35 o barril, enquanto o Brent para maio, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 2,08% (US$ 1,50), a US$ 73,57 o barril.
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Trump reiterou hoje que as tarifas sobre o México e Canadá para 4 de março e anunciou que a China estará sujeita a uma tarifa adicional de 10% para a mesma data.
"Os mercados gostam de clareza em vez de incerteza e, a menos que seja apresentado um caminho claro em relação às tarifas e à paz no Leste Europeu, eles permanecerão na defensiva com as altas esporádicas e espontâneas baseadas em manchetes", declara a corretora de petróleo PVM.
No radar, a Opep+ está debatendo se aumentará a produção de petróleo em abril, conforme planejado, ou não, uma vez que os membros têm dificuldades para entender o panorama global de oferta devido às novas sanções dos EUA contra a Venezuela, o Irã e a Rússia, disseram oito fontes da organização à Reuters
As preocupações permanecem desde ontem entre os traders depois que o presidente americano anunciou planos para revogar uma licença que permite à Chevron operar na Venezuela. De acordo com o ING, as importações americanas de petróleo bruto venezuelano atingiram uma média de quase 270.000 barris por dia até agora neste ano.

