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Recife Mundo Mix começa nesta sexta-feira (21), e tem expectativa de receber 10 mil pessoas por dia

Festival traz arte, cultura, gastronomia e empreendedorismo em diversos polos espalhados no Bairro do Recife

ECONOMIA - Feira do Festival Cultural de Pernambuco, o Recife Mundo MixECONOMIA - Feira do Festival Cultural de Pernambuco, o Recife Mundo Mix - Foto: Leandro de Santana/ FolhaPe

O Bairro do Recife recebe, nesta sexta-feira (21), o festival “Recife Mundo Mix”, que mistura arte, cultura, gastronomia e empreendedorismo. O evento, que segue até o domingo (23), é organizado pelo Instituto Asa Branca, em parceria com o Sebrae-PE, Prefeitura do Recife e apoio do Ministério da Cultura, e pretende reunir mais de 300 empreendedores, além de um público de cerca de 10.000 pessoas por dia.

“Procurando preencher o espaço entre o São João e o Carnaval, tentamos trazer para cá [o evento], [para] resgatar a cultura pernambucana que tá um pouco espalhada e também trazer o empreendedorismo através das mais variadas formas de trabalho artesanal, costura, os brechó estão funcionando, é uma multiplicidade de coisas”, declarou o presidente do Instituto Asa Branca, José Maria Souza.

Na foto, José Maria de Souza, presidente do Instituto Asa Branca. Foto : Leandro de Santana/ FolhaPE.

O Recife Mundo Mix é dividido em polos temáticos espalhados pelo Bairro do Recife, atraindo uma grande diversidade de públicos e atrações, tanto para quem busca passeios, quanto para quem vai comprar. O Polo Empreenda Mais, localizado na Praça do Arsenal, por exemplo, reúne estandes com produtos que representam a economia criativa de Pernambuco, além de promover um encontro entre empreendedores, artistas, investidores, educadores e compradores. 

O estande de Nicole Torkar fica neste polo. Ela, que é empreendedora e artesã há 20 anos, viu no evento uma oportunidade de promover sua marca de biojóias, a “Raízes por Elas”.

“É um evento que prioriza a gente, que visibiliza a gente como empreendedor, como artesão, e a gente tá esperando que vai bombar bastante, porque a estrutura tá maravilhosa. E o Recife antigo já é um lugar bem chamativo, é um ponto turístico bem movimentado, então a gente já tá esperando essa movimentação natural que rola aqui no Recife antigo. O público que a gente atrai também, que vem atrás da nossa marca, e por conta do evento que também tá sendo bem divulgado no Instagram, nas redes sociais”, afirmou Nicole. 

Na foto, Nicole Torkar, da Raízes por Elas. Foto : Leandro de Santana/ FolhaPE.

Outro polo encontrado no festival é o Maré Cultural, que trará palcos, música e shows da cena artística de Pernambuco. Além desses, o Festival também vai movimentar negócios do setor gastronômico, por meio do  Polo Sabores de Pernambuco, que transforma reafirma a culinária local como patrimônio cultural e memória afetiva.

Alguns nomes que já fazem parte do cenário gastronômico do Bairro do Recife estarão presentes no festival, visto que a organização também focou em incluir os empreendedores que já ocupam esse espaço. É o caso de Dona Lane do Bolo de Rolo, que tem 10 anos de história na Rua do Bom Jesus. 

“Hoje eu trouxe bolo artesanal de limão, doce de leite, churros, chocolate, café e goiaba. As vendas aumentam bastante, porque vem muita gente de fora visitar também”, contou Lane, que acredita que estas feiras podem apresentar seu trabalho para novas pessoas.

Na foto,Lane do Bolo de Rolo. Foto : Leandro de Santana/ FolhaPE.

Sávio, da Maria Doçura, também integra a feira do evento, e diz que, apesar de ter pouco tempo de experiência em festivais como esse, já percebe o impacto deles em suas vendas. 

“A gente já tá aqui nessa feirinha e algumas outras já tem alguns meses. Hoje a gente está trazendo produtos novos, copo de pudim com geleia de morango, inclusive, são essas novidades que a gente gosta de oferecer porque sabemos que vai ter uma expectativa boa. E [o evento] fomenta a cultura local, tanto na questão gastronômica, cultural, e serve para movimentar a cena e girar a cultura mesmo”, explicou.

Na foto Sávio, da Maria Doçura. Foto : Leandro de Santana/FolhaPE

Segundo a organização do Recife Mundo Mix, a proposta é justamente oferecer um espaço multicultural e diversificado, integrando setores e pessoas. 

“Mix, [como o] próprio nome diz, é uma mistura que nós estamos trazendo alguns setores que às vezes já agiam sozinhos, mas agora misturados para dar esse levante para eles. É uma proposta ousada, mas que pretende ficar no calendário do recifense e do pernambucano. E o nome é Festival Cultural de Pernambuco, porque estamos fazendo Recife, mas há propostas para depois se multiplicar por cidades do interior, tipo Caruaru Mundo Mix, Petrolina Mundo Mix, Garanhuns Mundo Mix, não deixando essa pegada sempre voltada para o empreendedor, artista e eminentemente pernambucano”, complementou José Maria.
 

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