Rec'n'Play: segundo dia de evento contou com programação sobre inteligência artificial

O segundo dia de Rec’n’Play, maior evento de tecnologia e inovação do país, que acontece no Bairro do Recife até o dia 19 de novembro, contou com uma programação para todas as idades e gostos. O público encheu os espaços do Recife Antigo para ouvir palestras que abordaram temas centrais do festival, como inteligência artificial e estratégias de negócios.

Uma delas foi comandada por André Fernandes, Paloma Saldanha e Rodrigo Paiva, que falaram sobre “Inteligência Artificial: potenciais de mercado e riscos sociais”. Atualmente, com o mundo todo com os olhos voltados para as tecnologias que carregam modelos com essa ferramenta, os processos regulatórios e as análises de elementos laterais ao desenvolvimento do produto são questões que requerem ainda mais atenção. 

“A inteligência artificial potencializa o mercado porque ela cria uma série de soluções com menor custo e com maior velocidade que a gente pode implementar em um negócio que já existe hoje. Então os modelos de IA produzem essa mágica, por assim dizer, que é justamente o que o mercado quer: mais rapidez e menos custo. Mas existe um custo embutido nisso que são as questões dos riscos e isso precisa ser levado em conta, especialmente no contexto que o mundo todo está pensando em regularizar”, explicou o palestrante André Fernandes.

André explica que esses riscos são diversos. Possíveis complicações vão da discriminação de determinados segmentos até a própria mudança da noção de humanidade e da prevalência desta sobre as máquinas, passando por ameaças à privacidade e danos na organização de mercados. 

“Temos vários riscos a depender do uso da inteligência artificial, de como ela é feita. Mas a gente pode pensar em riscos que a gente chama de “vieses”: riscos de discriminação racial, de gênero, de orientação sexual. A gente pode pensar também nos falsos positivos, que é quando a IA erra. Então, parece que ela vai acertar, que está justificado, mas a conclusão final é falsa e isso pode gerar uma série de danos e responsabilidades decorrentes disso”, continua André Fernandes.

Um dos benefícios da inteligência artificial é que ela ajuda no volume de dados do mercado, que cresce exponencialmente em todo o mundo. É preciso saber usar a tecnologia de forma adequada para entender os dados e as mudanças, que está cada vez mais acelerado. 

Estratégia de negócios e tecnologia

O segundo dia de Rec’n’Play também contou com um bate-papo sobre estratégia nos dias atuais. Comandada por Eduardo Breckenfeld, diretor de planejamento da Ampla Comunicação, a palestra “Conectando marcas e pessoas. E vice-versa” abordou sobre como a relação entre marcas e consumidores mudou com a tecnologia.

Com a transformação digital, o foco das empresas passou a ser o consumidor, com todas as suas características, desejos e contextos, enquanto, no passado, a estratégia era sempre focar nas campanhas, nos produtos ou nos serviços ofertados. Hoje, a atenção está toda no cliente, em entender as suas necessidades e propor soluções que mais se encaixam, através de recursos tecnológicos. 

“As marcas pararam de olhar para o consumidor e começaram a olhar para as pessoas e usando a tecnologia para isso. Esse mecanismo vai mudando a forma de contato das pessoas ou vai agregando novas formas de contatos com as pessoas, novas formas de você entender o seu comportamento. Daqui pra frente, nós vamos estar hiperconectados, isso é fato. E isso muda completamente a realidade de contato das marcas com as pessoas, mas têm coisas que não mudam, como as relações”, explica Eduardo.

Portanto, para se manter competitivo no mercado é preciso que todas as atenções da marca estejam em entregar valor a seus clientes, melhorando sua experiência e tornando sua jornada cada vez mais prazerosa, personalizada e incrível. Neste sentido, fazer uso de plataformas para a gerenciar a experiência dos clientes em todos seus canais, é mais do que um diferencial, é uma necessidade.

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