Qui, 25 de Dezembro

Logo Folha de Pernambuco
Leilão

Relógio de luxo que foi do último imperador chinês é leiloado por US$ 6,2 milhões

Modelo da grife Patek Philipe pertenceu a Pu Yi, líder da dinastia Qing

Relógio Patek Philippe do último imperador chinês foi a leilão por R$ 6,2 milhões Relógio Patek Philippe do último imperador chinês foi a leilão por R$ 6,2 milhões  - Foto: Reprodução/Site da casa de leilões Phillips

Um relógio Patek Philipe que foi do último imperador chinês, Aisin-Gioro Pu Yi, foi vendido por US$ 6,2 milhões (R$ 30,7 milhões) em um leilão em Hong Kong nesta terça-feira.

Último imperador da dinastia Qing, Puyi deu o relógio de presente para seu intérprete Georgy Permyakov, que foi sua companhia durante sua prisão na antiga União Soviética entre 1945 e 1950.

Não há registros sobre como Pu Yi comprou ou recebeu o relógio, que foi produzido em 1937.

O certame em viva voz durou sete minutos e foi realizado na nova sede da tradição casa de leilões Phillips em Hong Kong, com um público formado principalmente por colecionadores chineses.

No mesmo leilão, outros artefatos do último representante da dinastia Qing foram vendidos. Um leque de papel vermelho, com inscrições feitas de próprio punho por Pu Yi e que também foram presenteados também a um intérprete, mas no caso o tradutor que o ajudou em Tóquio, foi vendido por 609 mil dólares de Hong Kong (o equivalente a R$ 385 mil).

No salão da casa de leilões, além de colecionadores, estava presente o casal de jornalistas que ajudou a certificar a procedência do relógio Patek Philipe. Russell e Nonna Working entrevistaram o intérprete Permyakov e guardavam fotos do relógio.

Há registros históricos também de que Pu Yi determinou que seu assistente, Li Guoxiong removesse a superfície do visor do relógio para atestar se sua base era feita de platina - informação que coincide com um dano visível no modelo que foi a leilão.

- A procedência foi verificável não a partir da perspectiva de colecionadores de relógio, mas sim do ponto de vista da cultura chinesa – disse Sam Hines, um especialista em relógios da firma de investimentos em arte The Fine Art Group.

Mesmo sem considerar os aspectos de relíquia histórica, o artefato tem um enorme valor, ressalta Hines. O relógio é um dos oito conhecidos no mundo do modelo 96 Quantieme Lune. Ele tem um calendário com as fases da lua e mostrador com data tripla.

- É tão complexo quanto os relógios de pulso eram naquela época - destaca Hine. - Por si só, independentemente da procedência, é muito importante - afirmou.

Veja também

Newsletter