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Rui Costa diz que Trump usou forma "grosseira" e "inusitada" ao anunciar tarifas

Ministro da Casa Civil afirmou que Brasil pode direcionar produtos para outros países

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, ainda acrescentou que a carta de Trump trata de temas alheios à relação comercialO ministro da Casa Civil, Rui Costa, ainda acrescentou que a carta de Trump trata de temas alheios à relação comercial - Foto: Reprodução/Canal Gov

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta terça-feira que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usou uma forma “grosseira” e “inusitada” ao anunciar a taxação dos produtos brasileiros.

Acrescentou também que boa parte dos produtos brasileiros pode ser vendida para outros mercados e que o governo vai trabalhar para redirecionar essas exportações.

Costa lembrou que o Brasil tem déficit na relação comercial com os Estados Unidos.

— Foi uma forma grosseira e inusitada, porque nunca na história das relações diplomáticas, entre os países, um presidente da República publica numa rede social, uma carta dirigida a presidente de outro país. Normalmente, isso tem um ritual. Você faz uma carta, manda através da embaixada para ser entregue ao presidente. Mas a carta nunca chegou ao Brasil, nem por email, nem por fax, nem fisicamente — disse, em entrevista à rádio Serra Dourada.

O ministro ainda acrescentou que a carta de Trump trata de temas alheios à relação comercial.

— A carta trata de assuntos que nada têm a ver com relação comercial. Como a intromissão indevida num julgamento judicial do ex-presidente, que tentou dar um golpe de Estado, cometeu vários crimes.E o presidente dos Estados Unidos, de forma política, estranha, coloca esse tema na pauta.

Rui Costa também destacou a possibilidade de que o Brasil adote as medidas de reciprocidade.

— Boa parte dos produtos brasileiros tem potencial para ser realocada em outros mercados, a exemplo do aço e das frutas. Vamos trabalhar firmes, com o grupo dedicado a esse tema, para que a gente possa redirecionar as exportações brasileiras e, se necessário, adotar as medidas de reciprocidade.

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