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Turismo

Sudene, Embratur e Porto Digital lançam programa de inovação para o turismo

Edital Destino Futuro investirá R$ 2,8 milhões para conectar startups e trade turístico em soluções tecnológicas e sustentáveis

Edital Destino Futuro é lançado no Recife para impulsionar inovação no Turismo  Edital Destino Futuro é lançado no Recife para impulsionar inovação no Turismo  - Foto: Arthur Botelho/ Folha de Pernambuco

O Programa Destino Futuro foi lançado nesta sexta-feira (4), no auditório do Porto Digital, no Recife, com a presença do superintendente da Sudene, Danilo Cabral, do presidente da Embratur, Marcelo Freixo, e do presidente do Porto Digital, Pierre Lucena.

A iniciativa visa fomentar a inovação no turismo brasileiro por meio da conexão entre startups e empresas do setor, com foco na área de atuação da Sudene, que abrange os nove estados do Nordeste, além do norte de Minas Gerais e do Espírito Santo.

O edital, que ficará aberto de 4 de abril a 5 de maio, prevê a seleção de cinco duplas formadas por startups e empresas do trade turístico. As soluções podem vir de qualquer lugar do Brasil, mas deverão ser aplicadas nos estados atendidos pela Sudene.

Cada projeto poderá receber até R$ 533.820 para validação tecnológica e execução de provas de conceito (POCs). As mentorias online começam em agosto, e as soluções devem ser implantadas a partir de janeiro de 2025.

O Programa Destino Futuro será financiado com 1,5% do retorno das operações do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), destinado à implementação das soluções aprovadas.

Parceria

O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, destacou que a parceria com a Sudene e o Porto Digital fortalece o turismo brasileiro por meio da inovação.

“Estamos incentivando e criando pontes entre quem empreende e quem desenvolve soluções tecnológicas para o turismo. O Brasil já é um destino cobiçado por suas belezas naturais e diversidade cultural, e agora queremos mostrar que também somos referência em inovação e sustentabilidade”, afirmou.

Para Pierre Lucena, presidente do Porto Digital, o programa fortalece o ecossistema empreendedor e tecnológico. “O Porto Digital tem como missão fomentar startups e microempresas voltadas para soluções inovadoras. Conectar essas empresas ao turismo, com suporte financeiro e tecnológico, é um passo essencial para criar um setor mais competitivo e sustentável”, destacou.

Nordeste

O Nordeste tem sido o motor do crescimento do turismo internacional no Brasil. Nos dois primeiros meses de 2025, o país registrou um aumento de 57% no número de turistas estrangeiros, enquanto a região Nordeste apresentou um crescimento ainda maior, de 62%, em relação a janeiro e fevereiro do ano passado. ["Nenhum outro país do mundo teve essa margem. O Nordeste, mais uma vez, lidera e impulsiona essa vinda de turistas internacionais", destacou.]

“A inovação pode melhorar hospedagem, transporte, marketing e a experiência do turista. Precisamos ampliar nossa malha aérea e modernizar o setor, e programas como esse são essenciais para tornar o Brasil mais competitivo”, acrescentou.

O superintendente da Sudene, Danilo Cabral, reforçou a importância do programa para o desenvolvimento regional. “O Destino Futuro representa um marco na convergência entre turismo e inovação no Nordeste. Ao unir as expertises da Sudene e da Embratur, com o apoio do Porto Digital, estamos abrindo portas para startups que trarão soluções inovadoras para transformar a experiência turística na região”, declarou.

Cabral destacou ainda que o programa tem um olhar especial para pequenas e médias empresas do setor. “Nosso desafio é levar o desenvolvimento também para o interior, apoiando pequenas pousadas e iniciativas no semiárido e na caatinga, que têm grande potencial. Hoje, o setor emprega cerca de 400 mil pessoas no Nordeste, e iniciativas como essa fortalecem a economia local”, disse.

Seleção

Segundo Fellipe Sabat, diretor executivo de inovação do Porto Digital, o diferencial do programa está na estruturação dos projetos em duplas. “Cada startup será pareada com uma empresa do trade turístico que enfrenta um desafio específico. Juntas, elas desenvolverão e executarão um projeto que possa ter um impacto significativo no crescimento do turismo brasileiro”, explicou.

O processo de seleção passará por três fases, reduzindo o número de propostas de 20 para 15 e, finalmente, para cinco. “Uma comissão especializada avaliará critérios como grau de inovação, impacto no setor turístico, viabilidade técnica e sustentabilidade, que é um eixo estratégico do programa”, afirmou Sabat.

Os projetos terão até 12 meses para execução, considerando todas as etapas de planejamento, implantação e avaliação. Além da criação de novas soluções tecnológicas, o programa busca impulsionar a competitividade internacional do turismo brasileiro e estimular a colaboração entre startups e empresas do setor.

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