Sex, 19 de Dezembro

Logo Folha de Pernambuco
Economia

Tarifa do Gás Natural tem reajuste de 5,99% em Pernambuco

Aumento foi publicado nessa segunda no Diário Oficial do Estado, mas tem efeito retroativo a 1° de maio.

Gás Gás  - Foto: Arquivo/Folha de Pernambuco

Agência Estadual de Regulação de Pernambuco (Arpe) autorizou o reajuste extraordinário equivalente a 5,99% da tarifa média do Gás Natural (GN) comercializado pela Companhia Pernambucana de Gás (Copergás). A justificativa é o repasse do custo de aquisição do produto na Petrobras, que aumentou 6,55% e a recomposição da inflação. O aumento foi publicado ontem no Diário Oficial do Estado, mas tem efeito retroativo a 1° de maio.

Em janeiro, a Arpe já havia autorizado um aumento da tarifa em 7,53% para a Copergás. Na época, a companhia informou que o aumento era necessário porque, desde maio de 2016, a Petrobras estava cobrando 10,51% mais caro pelo GN. A aplicação do reajuste autorizado agora difere a depender do tipo de consumo, mas afeta indústrias, pontos comerciais, geração de energia, uso veicular e até o consumo residencial. Diretor de regulação da Arpe, Ricardo Fiorenvano explicou que “o reajuste é contratual”, ou seja, já é previsto que ele seja realizado de forma periódica pela empresa distribuidora de gás canalizado.

Clientes
Para as indústrias, o ajuste terá impacto direto de 5,96% sobre o preço do produto, reverberando nos custos de produção. “As empresas utilizam o gás para alimentar fornos, gerar energia, entre outros processos. Em um momento complicado como o atual, qualquer aumento é prejudicial ao desempenho”, explicou o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), Ricardo Essinger.

O aumento deve resultar em um acréscimo de 5,59% sobre a tarifa média no segmento comercial. Já no residencial, de acordo com a Arpe, o percentual é de 5,24%.
No segmento veicular, o impacto calculado é de 6,10%. Presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis (Sindicombustíveis-PE), Alfredo Pinheiro Ramos prevê outras consequências do reajuste. “Haverá aumentos do Gás Natural Veicular (GNV) nas bombas, em aproximadamente R$ 0,10 por metro cúbico (m³)”, apontou.
De acordo com o levantamento mais recente da Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANP), o preço médio do GNV no Recife, entre 30 de abril a 6 de maio, foi R$ 2,199 por m³.

Alfredo Ramos ainda criticou o fato de o ajuste ter sido autorizado em um momento de dificuldade econômica para os negócios do País. “Atualmente existe uma oferta muito maior do produto (no caso, o GNV) do que a demanda. Não há motivo para aumento”, ponderou.

Veja também

Newsletter