Taxação média de produtos brasileiros nos EUA salta de 1,3% para 30,9% com tarifaço, calcula BTG
Banco estima que o impacto no saldo da balança comercial do Brasil será de 0,2% do PIB em 2025 e 0,4% em 2026
A taxa efetiva média cobrada das mercadorias brasileiras para entrar nos Estados Unidos deve alcançar 30,9% a partir desta quarta-feira, com o início do tarifaço aplicado pelo governo de Donald Trump, nos cálculos do BTG Pactual.
A taxa é 29,6 pontos percentuais superior à tarifa média vigente em 2024, de 1,3%.
A conta da equipe de pesquisa econômica do banco considera as tarifas setoriais (aço e alumínio, automóveis e peças, e cobre), a tarifa recíproca de 10% que foi aplicada a todos os produtos e a sobretaxa de 40%, que atinge mais de 50% da pauta exportadora para os EUA.
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O BTG ainda estima que o impacto no saldo da balança comercial do Brasil será de 0,2% do PIB em 2025 e 0,4% do PIB em 2026, o que considera que parte das exportações afetadas serão gradualmente redirecionadas a outros países nos próximos trimestres.
"Embora o impacto macroeconômico direto deva ser limitado, os efeitos setoriais são relevantes e o impacto indireto pode ganhar tração caso haja deterioração significativa da percepção de risco, com ou sem uma eventual escalada do conflito", dizem as economistas Iana Ferrão e Luiza Paparounis.

