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Economia

TOC: a teoria revolucionária para empresas

Conhecido como a Teoria das Restrições, estudo prevê atuação no cerne do problema das empresas. Um dos resultados é a redução de estoque

Villagra ressalta que estudo prevê  foco em questões simplesVillagra ressalta que estudo prevê foco em questões simples - Foto: Paullo Allmeida

O que a Riachuelo, P&G, Starrett, Ambev, Itambé, CBL, Vivara, Bridgestone, Ferramentas Gerais, entre outras empresas brasileiras ou multinacionais com atuação no País têm em comum, além de serem destaques no mundo do varejo e industrial? Elas colhem resultados excelentes na redução de estoque, liberação de caixa e diminuição nas rupturas, aumentando os resultados e vendas por meio de uma teoria de gestão empresarial ainda pouco utilizada nesses segmentos: a Teoria das Restrições (TOC).

Criada pelo físico israelense Eli Goldratt, que, ao escrever o romance “A Meta”, conseguiu revolucionar o mercado ao explicar de maneira simples que com qualquer problema é possível de ser resolvido. “Em meio a tantas iniciativas, como Indústria 4.0, Big Data, Inteligência Artificial, startups e novas tecnologias, é muito fácil perder o foco do que realmente importa para o seu negócio. Costumamos sofisticar as coisas mais que necessárias e a grande proposta da TOC é apenas colocar foco nas coisas simples que dão resultados na meta da empresa”, explica o CEO Brasil / Portugal da Goldratt Consulting, Aureo Villagra.

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Para entender melhor, ele exemplifica a teoria da seguinte forma: imagina um sistema de uma empresa que tem muita coisa, entre fornecedores, clientes, máquinas e aparece algum problema que compromete o desempenho do negócio. Você não tem que melhorar tudo, mas apenas o elo mais fraco da corrente - aquele que segura o desempenho como um todo.

Foi o que aconteceu com a empresa Itambé, que passou por um período de adaptação e detém hoje, após implantar a Teoria das Restrições em sua operação, o título de terceira maior captadora de leite do País. “Tínhamos a sensação de que gastávamos muito tempo tratando pontos que não iriam mudar e isso porque não tínhamos muita harmonia entre as áreas da empresa, o que impactava nos estoques, nas perdas e nas vendas. Quando começamos o processo de mudança, iniciamos em uma linha teste de produtos e rapidamente fomos conseguindo melhorar os nossos resultados”, revelou o gerente de planejamento da Itambé, Marcelo Henrique Rocha. Segundo ele, com a TOC foi possível criar um mecanismo de norteamento simples e único, que serve como diretriz para todos na empresa.

De acordo com Villagra, a chave do sucesso e rapidez da TOC é em primeiro lugar conhecer a empresa como um todo para identificar o que precisa ser melhorado. “Leva cerca de duas semanas para após entender a empresa por completo identificar o que precisa ser melhorado. E não tem segredo, apenas a chave é decidir onde colocar o foco”, afirma o CEO da Goldratt, complementando que a implantação do modelo de gestão baseado na TOC é essencial para ajudar as empresas desfrutarem mais de crescimento, estabilidade e harmonia simultaneamente.

Club
Para disseminar essa prática de gestão ainda pouco conhecida, em especial, em Pernambuco, a Goldratt Consulting começou a promover o TOC Club no Estado. “Nossa meta é compartilhar mais conhecimento sobre a teoria para que ela seja aplicada nos setores industrial, de serviços e varejo. Para isso, iremos promover esses encontros com regularidade. Pois, eles além de serem um canal para propagarmos a teoria, funciona também como um momento para troca de experiências entre os empresários”, afirma o CEO da Goldratt, que esta semana promoveu o primeiro de vários encontros para um público com cerca de 50 personalidades do mundo empresarial pernambucano.

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