Fórum Nordeste 2025 debate atuação do Banco do Nordeste na transição energética
O painel teve como palestrante o diretor de Negócios do Banco do Nordeste, Luiz Abel Amorim de Andrade, além de representantes da Neoenergia, Porto de Suape e Fiepe
A atuação do Banco do Nordeste (BNB) na transição energética esteve em pauta no sétimo e último painel da 14ª edição do Fórum Nordeste, realizado pelo Grupo EQM, presidido pelo empresário e fundador da Folha de Pernambuco, Eduardo de Queiroz Monteiro. O evento aconteceu nesta segunda-feira (1º), no Mirante do Paço, no Bairro do Recife.
O painel teve como palestrante o diretor de Negócios do Banco do Nordeste, Luiz Abel Amorim de Andrade. O debate foi mediado pelo vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), Massimo Cadorin.
Também participaram da conversa o diretor de Relações Institucionais da Neoenergia, João Paulo Neves Baptista Rodrigues, e o assessor da presidência no Porto de Suape, Sóstenes Alcoforado.
Atuação do Banco do Nordeste
O painel iniciou com uma apresentação de Luiz Abel sobre os investimentos que o BNB vem realizando no setor energético no país.
“Nesses últimos oito anos, principalmente em termos de volume, no caso da infraestrutura de energia, o banco pegou uma aplicação de mais de R$ 55 bilhões em toda a nossa área de atuação e contribuiu muito nesse sentido para uma matriz energética mais limpa e que tenha mais de renovabilidade. Na divisão dessa matriz, fica muito claro a predominância das energias eólica e fotovoltaica, que representam mais da metade desse valor, assim como a transmissão de energia, que inclusive é um tema do momento”, destacou Luiz
Dos R$ 55 bilhões, R$ 42,69 bilhões foram aplicados no financiamento à infraestrutura de energias renováveis. Em Pernambuco, foram destinados R$ 4 bilhões. Além do setor, as áreas de saneamento básico, transporte e logística, comunicações e outros projetos de infraestrutura também recebem investimentos do banco.
Durante a palestra, também foram debatidos formas alternativas de superar algumas adversidades de investimento no setor, como a sobreoferta de energia.
"Nós fizemos essa limitação por critério para ter esse cuidado. Eu penso muito em um trabalho conjunto, seja dos financiadores, de quem dá o parecer de acesso, dos órgãos reguladores, da questão do planejamento. Isso é importante demais, até para que a gente continue tendo a confiabilidade que sempre teve. Não existe recebível melhor, por exemplo, do que o de transmissão ou de energia regulada, e isso tem acontecendo junto ao setor elétrico. Então essas providências, esse cuidado está sendo visto por parte do banco e a ideia é que a gente acompanhe o setor [elétrico] em toda sua jornada", explicou Luiz.
Suape e Neoenergia em ação
No painel, os representantes do Porto de Suape e da Neoenergia Pernambuco também apresentaram algumas das contribuições na transição energética.
No caso de Suape, um dos destaques foi o Senai Parque, que está localizado no complexo industrial do porto. A área tem previsão para ser inaugurado em outubro.
"O parque tecnológico é uma área para desenvolvimento de pesquisas e inovação relacionadas à transição energética. Dentro do parque tecnológico, teremos uma usina de hidrogênio, inclusive já produzindo hidrogênio puro. A energia, inclusive, é entregue pela Neoenergia, a energia certificada. Nós estamos produzindo hidrogênio, estamos armazenando mais ou menos 40 kg de hidrogênio por dia, para pesquisa, desenvolvimento, inovação. Temos reservado duas áreas para uma mini usina eólica e uma mini usina solar. E agora o Senai, através de um trabalho fantástico que desenvolveram, conseguiu, dentro do programa Mover, antigo programa Rota 2030, montar uma fábrica de baterias para veículos híbridos", pontuou Sóstenes.
No caso da Neoenergia, uma das ações é a mudança da matriz energética de Fernando de Noronha, prevista para acontecer em outubro, que passará a contar com 85% de energia elétrica renovável.
"A gente não faz isso sem ambiente, sem um país que tenha possibilidades. A gente está falando de Fernando Noronha, que é um sistema isolado, não é uma solução tecnológica trivial, e a gente vai conseguir fazer isso. Então, se a gente consegue fazer uma mudança dessas, com o investimento de R$ 350 milhões, com apoio do governo do estado, do apoio da sociedade local, eu tenho certeza que se tem um acordo que não vai faltar no Brasil é a energia", explicou João Paulo Neves Baptista Rodrigues.
O Fórum Nordeste 2025 tem o patrocínio do Banco do Nordeste, Suape, FMC, Sudene, Copergás e Neoenergia. Apoio do Governo de Pernambuco, Prefeitura do Recife, Fertine e NovaBio. Como apoio técnico conta com o Sindaçúcar-PE. O evento é uma realização do Grupo EQM.






