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Carlos Burle e Fábio Gouveia em sessão solene no Recife

O bigrider será homenageado na Alepe, enquanto Fábio "Fabuloso" receberá título de cidadão pernambucano

Carlos Burle, surfista pernambucano radicado no RioCarlos Burle, surfista pernambucano radicado no Rio - Foto: Arthur de Souza

Os surfistas Carlos Burle e Fábio Gouveia serão homenageados, nesta quarta-feira (6), na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). A partir das 18h, Burle, reconhecido mundialmente como uma referência no surfe de ondas gigantes, receberá homenagem em sessão solene, enquanto Fábio "Fabuloso" Gouveia, que é paraibano, mas escolheu o Recife como local para viver durante bom tempo, será agraciado com o título de cidadão pernambucano.

“Tanto Carlos quanto Fábio ajudaram a alavancar o esporte, sendo mundialmente reconhecidos e respeitados. Por conta deles, que são referências importantes, hoje o surfe faz parte do dia a dia do País”, destaca o deputado estadual Isaltino Nascimento.

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Hoje morador do Rio de Janeiro, Burle nasceu e iniciou sua trajetória no esporte no Recife. Da Cidade, partiu para desbravar ondas nos mais diferentes lugares do mundo, já tendo entrado para o guiness book como maior onda surfada da história. Campeão mundial de ondas gigantes, o bigrider esteve na Cidade para o lançamento da sua auto-biografia, intitulada "Profissão: surfista".

“É uma honra receber essa homenagem do Legislativo do meu Estado. Isso me faz crer que as políticas públicas voltadas para o desenvolvimento do esporte estão no foco dos debates dessa casa. Muito agradecido e feliz”, ressalta Burle.

Natural de Bananeiras, na Paraíba, Fábio Gouveia foi o primeiro brasileiro a ganhar um campeonato mundial de surfe. Também foi duas vezes campeão brasileiro e campeão do circuito internacional profissional. É, também, reconhecido mundialmente. A ligação com o Recife tem a ver com a esposa, a pernambucana Elka Gouveia, ex-bodyboarder, com quem tem três filhos, Ian (atualmente disputado o Circuito Mundial de Surfe), Igor e Ilana.

“Meu coração é de Pernambuco, sou fã da cultura daqui, morei por muitos anos e só migrei em função da evolução do surfe. Mas parte de minha família está no Estado, que é para onde sempre volto para renovar as energias, encontrar os amigos e torcer pelo glorioso Sport Club do Recife”, destaca o Fabuloso.

O surfe brasileiro cresceu em visibilidade nos últimos anos, sobretudo com os títulos mundiais de Gabriel Medina e Adriano de Souza, em 2014 e 2015, respectivamente. Nesta temporada, o País é a nação com o maior número de representantes na elite masculina do Circuito Mundial, um feito inédito e que retrata a qualidade da atual geração.

A Ibrasurf (Instituo Brasileiro do Surfe) aponta que o surf movimenta cerca de R$ 7 bilhões ao ano com moda e acessórios, fora toda a parte do turismo, hotelaria, alimentação, transportes e outros. Do Brasil partem 20% da produção mundial de pranchas, por exemplo, ficando atrás de Estados Unidos e Austrália, que têm a maior fatia do mercado. Já no segmento de surfwear, o Brasil desponta.

“A vitória dos surfistas brasileiros ajuda a fortalecer o esporte e as marcas. Assim, precisamos estimular a prática do esporte no Estado, promovendo competições nos circuitos estadual, regional, brasileiro e internacional. E Pernambuco tem o Hawaii brasileiro, que é Fernando de Noronha, além de todo o litoral Sul, com excelentes condições para o surfe”, pontua Geraldo Cavalcanti, presidente da Associação Nordestina de Surfe.

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