De renegado a liga bilionária: saiba como Dana White transformou o UFC em fenômeno global
Apoiado pelo arual presidente dos EUA desde os primórdios, dirigente levou o esporte de margem a contratos de bilhões
Dana White levou o UFC de uma liga deficitária e desacreditada a uma potência do esporte mundial avaliada em mais de US$ 15 bilhões. Com estilo autoritário e decisões arriscadas, o executivo transformou as artes marciais mistas em espetáculo global, conquistou fãs em todos os continentes e firmou contratos de mídia que o colocam lado a lado das maiores ligas esportivas dos Estados Unidos.
White assumiu o comando em 2001, quando convenceu os irmãos Frank e Lorenzo Fertitta, herdeiros de cassinos em Las Vegas, a comprarem a organização por US$ 2 milhões. Ganhou 10% da sociedade e a missão de salvar o negócio. Nos primeiros anos, enfrentou arenas fechando as portas e dívidas crescentes. A guinada veio em 2005, com o reality show The Ultimate Fighter, que popularizou os atletas e consolidou a base de fãs.
Em 2016, o UFC foi vendido por US$ 4 bilhões ao grupo WME-IMG, com a condição de White seguir como CEO. Neste ano, a Paramount Skydance fechou acordo de US$ 7,7 bilhões por sete anos de direitos de transmissão nos Estados Unidos, equiparando o UFC a ligas como a NFL e a NBA.
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Relação com Trump
Donald Trump foi um dos primeiros a abrir espaço para os eventos do UFC, recebendo a liga no cassino Taj Mahal, em Atlantic City, quando outros locais recusavam sediar as lutas. Desde então, manteve amizade com White. O atual presidente dos EUA chegou a oferecer a Casa Branca para receber um card histórico no próximo verão.
White também esteve presente na posse de Trump e, em 2021, foi posicionado atrás de ex-presidentes. Ele lembra que Barack Obama foi o único a cumprimentá-lo pessoalmente.
Estilo e impacto cultural
Conhecido por decisões duras, White não esconde o estilo agressivo. Conta ter chegado a arrombar a porta de um caminhão de transmissão de TV ao vivo quando suas ordens não foram seguidas. “Acabamos demitindo todo mundo”, disse.
A audiência do UFC é majoritariamente masculina, entre 18 e 34 anos, público que White descreve como “orgulhosamente masculino”. Ele também defende liberdade de expressão dentro da liga, inclusive para declarações polêmicas dos atletas, e se opõe ao que chama de “cancelamento”.

