Náutico "perde" acesso mesmo com arrancada histórica na Série B
Timbu ficou 14 rodadas sem perder na competição, mas acumulou série de tropeços e frustrou o sonho de chegar à Série A em 2022
Em 2021, o Náutico entrou para a história da Série B do Campeonato Brasileiro. Duas vezes. Uma pelo que fez e outra por conta do que deixou de fazer. Enredos que se complementam. Após atingir o recorde de invencibilidade inicial no torneio, com 14 jogos sem derrotas, o Timbu conseguiu o que parecia improvável, não obtendo sequer o acesso à Série A. Tudo isso, diga-se, depois de liderar a competição por 15 rodadas.
Ninguém teve um início tão arrasador na Série B como o Náutico. Foram cinco vitórias consecutivas. Apenas Corinthians (2008) e Guarani (2009) haviam continuado com 100% de aproveitamento no período. Ambos, em suas respectivas edições da Segundona, subiram de divisão. O alvinegro foi campeão, enquanto o Bugre ficou com o vice. O Timbu, porém, quebrou a sina positiva.
Mais um dado estatístico que, no passado, serviu para dar esperanças aos alvirrubros – eliminadas no futuro. Observando os primeiros nove jogos, o Náutico, com seis vitórias e três empates (21 pontos), teve desempenho superior ao das campanhas de 2006 e 2011, anos em que o Timbu subiu à Série A.
Há 15 anos, no mesmo recorte, os pernambucanos tinham 17 pontos - cinco vitórias, dois empates e duas derrotas. Aproveitamento de 63%, na segunda posição. No fim do torneio, o Timbu ficou em terceiro, com 64 pontos. Cinco anos depois, o Náutico tinha três vitórias, quatro empates e duas derrotas (48,1% de aproveitamento). Estava em nono, com 13 pontos. Ao término das 38 rodadas, os alvirrubros ficaram com o vice-campeonato, com os mesmos 64 pontos de 2006.
Os 14 jogos sem perder do Náutico também representaram a melhor marca invicta do clube na Segundona. Em 1981, ano em que obteve o acesso, o Timbu ficou 11 partidas sem perder, embora o formato do torneio fosse diferente do atual, de pontos corridos. Mais um recorde que, na prática, não trouxe o maior objetivo dos pernambucanos em 2021: o retorno à elite.

