Número 1 do mundo, Sinner demite preparador que "revelou segredos" e recontrata dispensado por erro
Italiano tomou decisão polêmica após entrevista sobre seu 'choro' em Roland Garros e reatou vínculo com Umberto Ferrara
Recém-vitorioso em Wimbledon, Jannik Sinner anunciou na manhã desta quarta-feira que vai recontratar o preparador físico Umberto Ferrara. O profissional havia sido demitido há cerca de um ano, depois de o número 1 do mundo no ranking do tênis masculino ser pego no doping.
Na ocasião, o atleta agradeceu pela contribuição de Ferrara em sua carreira, mas destacou não sentir mais confiança no trabalho "por causa dos erros cometidos".
Leia também
• João Fonseca sobe para 47º e registra melhor posição da carreira no ranking da ATP
• João Fonseca entra no Top 50 do ranking da ATP; Sinner aumenta vantagem no topo
Sinner precisou cumprir uma suspensão de três meses por testar positivo duas vezes para clostebol, em março de 2024.
O italiano disse ter sido exposto à substância proibida por um "erro" de sua equipe, composta à época por Ferrara e pelo fisioterapeuta Giacomo Naldi — este último teria usado, sem saber, um spray com clostebol para tratar um ferimento.
A punição de Sinner foi considerada "leve" por adversários.
A recontratação foi decidida em conjunto com o restante da equipe de Sinner, como parte dos preparativos dele para os próximos torneios, como o Cincinnati M1000 e o US Open.
Ex-preparador "revelou segredos"
Em comunicado, o tenista ressaltou que Ferrara desempenhou um papel fundamental no seu desenvolvimento até o momento, e o retorno do profissional reflete um foco na continuidade e no desempenho de alto nível.
A mudança na equipe ocorre dias depois de o próprio Sinner decidir demitir o antigo preparador físico, Marco Panichi, e seu fisioterapeuta, Ulises Badio, por uma "indiscrição" de Panichi, que supostamente "revelou segredos que não deveriam ter saído do vestiário, especialmente o de Roland Garros".
Segundo o Corriere della Sera, Sinner ficou chateado porque Panichi revelou, em uma de suas entrevistas à imprensa, que o número 1 do mundo chorou por 15 minutos após perder a final de Roland Garros.

