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Futebol

Eleição do Náutico: prestes a ser aclamado, Becker analisa cenário da SAF e Liga

Atual presidente e único nome do pleito do próximo dia 30 de novembro, nos Aflitos, avaliou pontos que podem impactar nas finanças do clube

Sede do Náutico, nos AflitosSede do Náutico, nos Aflitos - Foto: Felipe Ribeiro/Folha de Pernambuco

A participação do Náutico em um dos dois blocos de clubes que comercializam os direitos de transmissão do futebol no Brasil (Liga Forte União-LFU e Liga do Futebol Brasileiro-Libra) é um tema que pode impactar o futuro financeiro do Timbu. Atual presidente e próximo de ser aclamado para mais uma gestão, no biênio 2026-2027, Bruno Becker avaliou o tema e como os alvirrubros estão trabalhando para reforçar o caixa na temporada que vem.

 

Entenda

Há dois anos, o Náutico decidiu não assinar com a Liga Forte Futebol após receber a proposta de venda de 20% dos seus direitos de TV por R$ 10 milhões. O clube estava na Série C e considerou a proposta abaixo do ideal. Para 2026, as negociações podem ser retomadas.

“O Náutico está aberto a escutar qualquer proposta que seja boa para o clube. Nunca vamos usar de subterfúgios para ludibriar quem quer que seja. Hoje, nós fazemos parte, mesmo não tendo vendido os 20%, da LFU. É natural que as conversas se iniciem com a Liga Forte. Tivemos duas reuniões para ver melhor qual é a proposta, qual o cenário de futuro e vamos continuar negociando com o mercado de uma forma geral”, explicou Becker.

“Esse tema, assim como outros, precisa também passar pela aprovação do Conselho Deliberativo. Não depende somente da presidência do Executivo. Quando a gente avançar e chegar em um ponto maduro, vamos levar a proposta para ser discutida lá”, completou.

SAF

Outro ponto que é tratado como prioridade no Náutico é mudança no modelo de gestão, deixando de ser uma associação sem fins lucrativos para se transformar em uma Sociedade Anônima de Futebol (SAF).

Em abril deste ano, o Náutico deu por encerrada as tratativas com o Consórcio Timbu, grupo de investidores que pretendia adquirir 90% das ações alvirrubras. A ideia da SAF era investir R$ 1 bilhão em 10 anos. Do montante, seriam R$ 400 milhões no futebol, incluindo base, feminino e futsal, além de R$ 250 milhões para quitar o pagamento de dívidas.

A negociação, porém, esfriou quando conselheiros do clube se colocaram contrários à proposta dos investidores de possuir parte do terreno (47,48 hectares) do Centro de Treinamento Wilson Campos, na Guabiraba, Zona Norte do Recife. No fim, o Consórcio Timbu comunicou que não seguiria com a proposta.

“O processo pelo qual o clube passou, com a proposta anterior chegando ao Conselho, deixou exemplos positivos. Estamos mais maduros para discutir o assunto. Antes havia uma divergência muito grande sobre o tema. Hoje, isso é praticamente zero por conta da necessidade de o Náutico partir para essa mudança. A questão agora é ver qual o melhor modelo”, observou o candidato da situação.

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