Troca de gramado no Arruda a passos lentos
Com primeira etapa concluída apenas no último fim de semana, reforma da cancha evolui lentamente e não tem prazo para acabar
A troca do gramado do Arruda está atrasada por conta de um evento religioso realizado no estádio nos dias 12 e 13 do mês passado. Com a empresa Green Leaf à frente do mapeamento, a primeira etapa do processo - fertilização do campo, com incremento de adubo natural e acompanhamento de vistorias sanitárias para a prevenção de pragas e outras doenças - foi encerrada no último sábado após cerca de três semanas de duração.
Com os trabalhos a passos lentos, ainda não há maquinários no estádio do Arruda e nem prazo para o fim das obras. “A mudança do gramado é feita por estágios. Estamos próximos de encerrar o ciclo inicial. Só iremos avançar mais com a chegada da grama, conforme previsto no cronograma”, declarou o presidente Constantino Júnior.
De acordo com o dirigente, grande parte do gramado irá mudar, enquanto o restante passará por manutenção. A grama será do tipo bermuda celebration, com folhas finas, de rápido enraizamento e poder de recuperação de danos. Inclusive, é a mesma utilizada nas arenas que foram sedes na Copa do Mundo no Brasil, em 2014.
Mesmo com o fertilizante no gramado, o Sub-20 do Santa Cruz vinha treinando diariamente no Arruda. Segundo o presidente Constantino Júnior, as atividades não atrapalharam a primeira etapa do processo. “O estádio não pode mais receber jogos, mas estava liberado para treinamentos da base. Numa determinada fase da obra, o campo não poderá ser utilizado”, afirmou o mandatário tricolor.
O departamento financeiro estipula um gasto de R$ 100 mil na troca do gramado, mas o custo pode aumentar devido aos trabalhos complementares no subsolo e no entorno do campo. A falta de recursos financeiros também dificulta o andamento das obras.
Em 2009, o gramado do Arruda já foi considerado um dos melhores do País. Na ocasião, passou por uma grande reforma para receber Brasil x Paraguai pelas Eliminatórias da Copa de 2010, na gestão do ex-presidente Fernando Bezerra Coelho. De lá pra cá, a Comissão Patrimonial do Santa fez manutenções recorrentes para requalificar a grama. Apesar de tantos reparos, o excesso de treinos e o período de chuvas castigam a cancha. Seu estado precário sempre foi alvo de críticas da torcida.
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