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Caso Zambelli: relator recomenda que deputada mantenha cargo

Parlamentar foi condenada pelo STF e está presa na Itália, mas ainda não perdeu seu mandato

Carla Zambelli (PL-SP) sobre processo de cassaçãoCarla Zambelli (PL-SP) sobre processo de cassação - Foto: Lula Marques/ EBC

O relator do processo de cassação da deputada Carla Zambelli (PL-SP), deputado Diego Garcia (Republicanos-PR), apresentou um parecer nesta terça-feira recomendando que a parlamentar mantenha o cargo.

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— Diante de todos os elementos que estão detalhados no meu parecer, o meu voto é pela preservação do mandato da deputada Carla Zambelli.

Segundo Garcia, não há indícios de que a deputada tenha coordenado a invasão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

— Eu analisei toda a ação e encontrei suspeitas, mas não certezas que a deputada tenha ordenado as invasões. A acusação se baseia no depoimento do hacker Walter Delgatti.

O caso entrou na CCJ após a parlamentar ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal, etapa que abriu caminho para a perda do mandato. Zambelli está presa desde julho, quando foi detida em Roma depois de ter o nome incluído pela Interpol na lista de difusão vermelha.

A leitura do parecer deve ocorrer logo no início da sessão, mas deputados já contam que não haverá avanço imediato. A expectativa é de que haja um pedido de vista do processo, empurrando a deliberação para a próxima semana.

A condenação que embasa o processo se refere ao episódio da invasão do sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Depois de esgotados todos os recursos, Zambelli deixou o Brasil, teve a prisão decretada e passou a ser procurada internacionalmente.

Apesar de presa, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), optou por não decretar a perda de mandato via Mesa Diretora e enviou o caso à CCJ. Após a análise no colegiado, o caso será votado em plenário. Com esses trâmites, a deputada ganhou tempo na Casa.

A sessão desta terça, portanto, funciona como um marcador de rota: define o posicionamento do relator e coloca o caso oficialmente na fila das decisões. Entre os deputados, há quem diga que o processo pode chegar ao plenário ainda este ano.

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