"Meu Ayrton por Adriane Galisteu": romance da modelo com piloto ganha série documental na HBO Max
Produção nacional estreia nesta quinta-feira (6)
O maior ídolo esportivo do Brasil que se apaixona perdidamente por uma jovem modelo de uma família de classe média baixa do bairro da Lapa, em São Paulo. A história do romance entre Ayrton Senna e Adriane Galisteu é o tema de "Meu Ayrton por Adriane Galisteu", série documental da HBO Max que estreou nesta quinta-feira (6).
São dois episódios em que a apresentadora, que namorou o piloto por um ano e meio, até ele morrer no GP de San Marino, em maio de 1994, relembra os momentos que viveram juntos e visita lugares importantes de sua história pessoal e da do casal.
A série é lançada um ano depois da ficção "Senna", da Netflix, protagonizada por Gabriel Leone. Adriane, representada pela atriz Julia Fioti, teve pouco mais de três minutos de tela. O espaço reduzido gerou críticas de espectadores, mas Adriane diz que o documentário não é "resposta" ao que foi apresentado na ficção.
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"Não é nenhum tipo de polêmica. Esse documentário não é uma resposta", disse ela, em coletiva de imprensa.
"Não sou uma mulher que julga o que você faz comigo, pois. Minha mãe me ensinou que eu não preciso dizer que o dos outros está errado. Basta defender que o meu está certo".
Logo de cara, no início do primeiro episódio, a apresentadora diz que nem "a família do Ayrton conseguiria ser capaz de contar a história dele como homem", família esta que alguns dos entrevistados dizem nunca terem gostado daquela jovem modelo ou de outras escolhas amorosas dele.
"A família nunca gostou de nenhuma namorada, queria ter controle total do cara", diz a assessora de imprensa dele, Betise Assumpção.
Primeiro encontro
Logo de cara, Adriane dá um panorama sobre quem era sua família: o pai alcoolista morreu quando ela era adolescente e o irmão acabou se envolvendo com drogas. Quando ela namorou Ayrton, inclusive, a situação escalara e ele já era traficante.
Modelo desde cedo, ela ajudava a mãe no sustento da casa e viu o piloto pela primeira vez num GP de São Paulo. Por meio de amigos, ele pediu o telefone dela, que deu o da casa do namorado, onde ela morava na época.
O primeiro papo, no entanto, rolou numa festa desse GP. Ele cumpriu a promessa no dia seguinte: não só ligou para ela, como apareceu na agência onde ela era modelo para levá-la para tomar um suco de laranja no apartamento dele. A partir de então, os dois começaram a se encontrar mais frequência e Adriane se separou do namorado para namorar com Senna. Na época, ele tinha 20 anos. Os dois ficaram juntos por um ano e meio, até ele morrer na pista de GP de San Marino.
No segundo episódio, entrevistados como Luiza Braga, mulher de Antônio Carlos de Almeida Braga, o Braguinha, um dos melhores amigos de Senna, contam como cada um recebeu a morte do piloto. Adriane estava em Portugal equase chegou a levantar voo rumo a San Marino, até ela e Luiza receberem um telefone de Braga.
"Família não quer ela aqui, ele já morreu", teria dito o amigo.
Ele foi uma das pessoas no entorno de Ayrton, assim como a família, que teve acesso a fitas com uma conversa de Adriane e um ex-namorado na época do acidente. Segundo Luiza Braga, na conversa, o rapaz zombava das roupas do piloto e perguntava se ele era melhor na cama.
Adriane relembrou o funeral e, depois, a despedida da mãe dele, quando a modelo foi buscar seus pertences na casa do piloto.
"Eu perdi um namorado, o Brasil perdeu um ídolo. Eu não queria competir com ninguém ,as um dor genuína e profunda era da mãe. Essa dor não consegue comparar", disse Adriane. "Eu chorava pela dor do luto e também por ter pedido meu chão".

