Sáb, 06 de Dezembro

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Conflito

Rubio diz que ataque ao Catar 'não vai mudar' o apoio dos EUA a Israel

"Isso não vai mudar a natureza de nossa relação com os israelenses, mas vamos ter que conversar sobre isso, principalmente do impacto que teve", acrescentou

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio (C), ao lado do presidente Donald Trump durante uma reunião de gabinete na Sala do Gabinete da Casa BrancaO secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio (C), ao lado do presidente Donald Trump durante uma reunião de gabinete na Sala do Gabinete da Casa Branca - Foto: Andrew Cabellero-Reynolds / AFP

Os Estados Unidos não aprovaram os bombardeios de Israel contra o Hamas no Catar, mas o ataque não mudará o status de aliado de Washington, afirmou o secretário de Estado, Marco Rubio, neste sábado (13), antes de viajar para esta região.
 

 

Os ataques aéreos de terça-feira — os primeiros de Israel contra o Catar, aliado dos Estados Unidos — chocaram a região e colocaram enorme pressão sobre os esforços diplomáticos para alcançar uma trégua em Gaza.

"O que passou, passou. Obviamente, nós não gostamos disso, o presidente [americano, Donald Trump] também não gostou", declarou Rubio aos jornalistas pouco antes de decolar de Washington para encontrar autoridades em Israel.

"Isso não vai mudar a natureza de nossa relação com os israelenses, mas vamos ter que conversar sobre isso, principalmente qual será o impacto disso" nos esforços de trégua, acrescentou Rubio.

"Precisamos avançar e determinar o que vem a seguir, porque, afinal, ainda existe um grupo chamado Hamas, um grupo maligno."

Israel atacou os líderes do Hamas reunidos no Catar para discutir uma nova proposta de cessar-fogo apresentada pela administração Trump.

O presidente dos Estados Unidos classificou o ataque israelense como lamentável, repreendeu o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e afirmou que os Estados Unidos souberam do bombardeio tarde demais para impedi-lo.

Ao se referir à visita de Rubio, o Departamento de Estado limitou-se a indicar esta semana que o diplomata americano discutiria "metas e objetivos operacionais" com Israel e demonstraria "o compromisso dos Estados Unidos com a segurança israelense".

A viagem do secretário de Estado a Israel está prevista para apenas uma semana antes de a França liderar uma cúpula das Nações Unidas em 22 de setembro, na qual vários países ocidentais planejam reconhecer um Estado palestino centrado na Cisjordânia.

A França, exasperada com a ofensiva israelense em Gaza, rejeitou as críticas dos Estados Unidos e de Israel e afirma que deve haver um novo caminho para os palestinos.

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