A arte, a liberdade e a paz
Desde os primórdios das cavernas a arte foi o meio mais criativo, amplo e eficaz à compreensão do humano, do belo e da esperança, nas diversas formas desenvolvidas ao longo da existência.
Fruto de determinadas aptidões, só a arte é capaz de atenuar as contradições da vida. Ela sempre se fez presente em todos os lugares. Trata-se de uma ação livre, coletiva, inerente às sociedades, acima de predileções e exclusividades. Nunca acabará.
A arte, de onde surgiu os museus, e a natureza são os verdadeiros patrimônios da humanidade. Talvez por isso, é comum vermos expressivas figuras manifestarem-se sobre a dimensão e a importância que ela representa para todos nós...
Leon Tolstói: “A arte é um dos meios que une os homens”.
Bertold Brecht: “Todas as artes contribuem para a maior de todas as artes, a arte de viver”.
Umberto Eco: “A arte é o espelho social de uma época”.
W. Somerset Maugham: “Só o amor e a arte tornam a existência tolerável”.
Carlos Drummond de Andrade: “A obra de arte é o resultado feliz de uma angústia contínua”.
Charles Bukowski: “A diferença entre a arte e a vida é que a arte é mais suportável”.
Auguste Rodin: “A arte é, ainda, uma magnífica lição de sinceridade”.
William Shakespeare: “A arte é o espelho e a crónica da sua época”.
Oscar Wilde: “A finalidade da arte é, simplesmente, criar um estudo da alma”.
George Bernard Shaw: “Os espelhos são usados para ver o rosto; a arte para ver a alma”.
Paul Cézanne: “A arte é uma harmonia paralela à natureza”.
Ruy Barbosa: “Não é possível estar dentro da civilização e fora da arte”.
Lygia Fagundes Telles: “Se é verdade que toda arte é uma busca, nessa busca está a nossa salvação” - apresentou-me esta frase a amiga e artista plástica Ana Paula Alves, do Rio de Janeiro, em homenagem à citada escritora, ocupante da cadeira Nº16 da Academia Brasileira de Letras, que, recentemente, aos 98 anos de idade, partiu para a eternidade; Lygia que foi uma persistente defensora das liberdades democráticas.
Neste momento sombrio da humanidade, em que a insensatez esta fazendo o mundo reviver tragédias que pensávamos extintas, e com ojeriza a atual desvalorização imposta aos setores da educação e da cultura brasileira, vale a pena recordámos o posicionamento estratégico da arte de dois geniais artistas, os pintores José Vela Zanetti, espanhol, e Cândido Portinari, brasileiro, entre os “tesouros dos corredores” da Organização das Nações Unidas, em Nova York.
São dois enormes painéis aprovados pela Comissão de Arte da ONU. O de Zanetti, instalado em 1953, com o título “A Rota da Liberdade”. O de Portinari, inaugurado em 1956, com o título “Guerra e Paz”. Situados na entrada da Sede da entidade, os respectivos painéis mostram, através da arte, o mal que pode afetar o mundo, sendo eles uma conclamação à luta pela paz e pela liberdade.
Zanetti e Portinari também fizeram belíssimas ilustrações para o Dom Quixote de La Mancha, livro que o escritor Vargas Llosa definiu como “um canto à liberdade”. Cantemos, com eles!
*Administrador de empresas e articulista
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