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PROTESTO

Agricultores bloqueiam ruas em Bruxelas em protesto contra acordo UE-Mercosul

A polícia respondeu com gás lacrimogêneo e canhões de água

Agricultores exibem bandeiras da FNSEA (Federação Nacional dos Sindicatos de Exploradores Agrícolas) perto do Parlamento Europeu, na Praça de LuxemburgoAgricultores exibem bandeiras da FNSEA (Federação Nacional dos Sindicatos de Exploradores Agrícolas) perto do Parlamento Europeu, na Praça de Luxemburgo - Foto: AFP
  • Agricultores protestam ao lado de tratores e de uma fogueira perto do Parlamento Europeu, na Praça de Luxemburgo. | Foto: AFP
    Agricultores protestam ao lado de tratores e de uma fogueira perto do Parlamento Europeu, na Praça de Luxemburgo. | Foto: AFP
  • Agricultores protestam ao lado de tratores e de uma fogueira perto do Parlamento Europeu, na Praça de Luxemburgo. | Foto: AFP
    Agricultores protestam ao lado de tratores e de uma fogueira perto do Parlamento Europeu, na Praça de Luxemburgo. | Foto: AFP
  • Manifestantes exibem cartazes com os dizeres
    Manifestantes exibem cartazes com os dizeres "Não ao Mercosul" e bandeiras da principal associação de agricultores da França, a FNSEA (Federação Nacional dos Sindicatos de Exploradores Agrícolas) e da Jeunes Agriculteurs (JA, Jovens Agricultores). | Foto: AFP
  • Um manifestante vestindo um colete da Jeunes Agriculteurs (JA, Jovens Agricultores) atira uma batata em direção ao Parlamento Europeu. | Foto: AFP
    Um manifestante vestindo um colete da Jeunes Agriculteurs (JA, Jovens Agricultores) atira uma batata em direção ao Parlamento Europeu. | Foto: AFP
  • Manifestantes pegam batatas perto do Parlamento Europeu durante um protesto de agricultores contra as reformas da Política Agrícola Comum (PAC) e acordos comerciais como o Mercosul. | Foto: AFP
    Manifestantes pegam batatas perto do Parlamento Europeu durante um protesto de agricultores contra as reformas da Política Agrícola Comum (PAC) e acordos comerciais como o Mercosul. | Foto: AFP
  • Um manifestante vestindo uma bandeira da Jeunes Agriculteurs (JA, Jovens Agricultores) atira um vegetal perto do Parlamento Europeu.| Foto: AFP
    Um manifestante vestindo uma bandeira da Jeunes Agriculteurs (JA, Jovens Agricultores) atira um vegetal perto do Parlamento Europeu.| Foto: AFP
  • Um manifestante segura uma barricada ao lado da fachada do Parlamento Europeu. | Foto: AFP
    Um manifestante segura uma barricada ao lado da fachada do Parlamento Europeu. | Foto: AFP
  • Policiais posicionam-se em frente a tratores perto do Parlamento Europeu durante um protesto de agricultores contra as reformas da Política Agrícola Comum (PAC) e acordos comerciais como o Mercosul, em Bruxelas. | Foto: AFP
    Policiais posicionam-se em frente a tratores perto do Parlamento Europeu durante um protesto de agricultores contra as reformas da Política Agrícola Comum (PAC) e acordos comerciais como o Mercosul, em Bruxelas. | Foto: AFP
  • Agentes da polícia evacuam a Praça de Luxemburgo, perto do Parlamento Europeu, durante um protesto de agricultores contra as reformas da Política Agrícola Comum (PAC) e acordos comerciais como o Mercosul, em Bruxelas. | Foto: AFP
    Agentes da polícia evacuam a Praça de Luxemburgo, perto do Parlamento Europeu, durante um protesto de agricultores contra as reformas da Política Agrícola Comum (PAC) e acordos comerciais como o Mercosul, em Bruxelas. | Foto: AFP

Agricultores bloquearam ruas e lançaram ovos e fogos de artifício em Bruxelas, na Bélgica, nesta quarta-feira, 17, do lado de fora da cúpula de líderes da União Europeia (UE). A polícia respondeu com gás lacrimogêneo e canhões de água, enquanto os manifestantes se reuniam contra o grande acordo de livre comércio com as nações sul-americanas.

O temor da categoria é que o acordo prejudique sua subsistência, além de preocupações políticas de que a medida possa impulsionar o apoio à extrema-direita. Milhares de agricultores se dirigiram para a Place Luxembourg, próxima ao Parlamento Europeu e ao local onde os líderes dos 27 países da UE discutem a alteração do pacto comercial ou o adiamento de sua assinatura.

Policiais posicionam-se em frente a tratores perto do Parlamento Europeu durante um protesto de agricultores contra as reformas da Política Agrícola Comum (PAC) e acordos comerciais como o Mercosul, em BruxelasPoliciais posicionam-se em frente a tratores perto do Parlamento Europeu durante um protesto de agricultores contra as reformas da Política Agrícola Comum (PAC) e acordos comerciais como o Mercosul, em Bruxelas. | Foto: AFP

 

Cresce a resistência europeia
A Itália sinalizou ressalvas nesta quarta, juntando-se à oposição liderada pela França contra o acordo com o Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia). A primeira-ministra italiana Giorgia Meloni declarou ao Parlamento que assinar o acordo nos próximos dias "seria prematuro", exigindo garantias recíprocas para o setor agrícola

O presidente francês Emmanuel Macron manteve sua postura contrária ao chegar para a cúpula, afirmando que o acordo "não pode ser assinado" na forma atual e pedindo mais discussões em janeiro. Macron citou a necessidade de salvaguardas para evitar disrupções econômicas e exigiu restrições ambientais mais rígidas dos países do Mercosul.

A oposição da Itália daria à França votos suficientes para vetar a assinatura da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que defende o tratado.

O fator estratégico
Apesar das resistências, defensores argumentam que o acordo - em negociação há 25 anos - criaria um mercado de 780 milhões de pessoas e serviria como um contrapeso estratégico às políticas de exportação da China e às tarifas dos EUA.

O chanceler alemão Friedrich Merz alertou que o status global da UE seria prejudicado por um adiamento ou cancelamento. "Se a União Europeia quiser permanecer credível na política comercial global, as decisões devem ser tomadas agora", afirmou Merz.

Pressão na América do Sul
A tensão política não alterou a disposição dos líderes sul-americanos. O presidente Lula, que busca fechar o acordo no próximo sábado (20) como uma conquista diplomática, demonstrou irritação com as posições da França e da Itália durante uma reunião ministerial.

"Se não fizermos agora, o Brasil não fará mais acordos enquanto eu for presidente", disse Lula, acrescentando que o acordo defenderia o multilateralismo frente ao unilateralismo. O presidente argentino Javier Milei também apoia o tratado, vendo o Mercosul como uma "lança" para penetrar mercados globais, e não apenas um escudo.

Apesar da probabilidade de adiamento, Ursula von der Leyen e o presidente do Conselho Europeu António Costa ainda mantêm a agenda de viagem ao Brasil para sábado.

Fonte: Associated Press*

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
 

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