Dom, 07 de Dezembro

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FINANÇAS

Após acordo com FMI, Argentina anuncia fim do controle cambial para pessoas físicas

País pretende adotar regime de bandas para o dólar

O presidente da Argentina, Javier MileiO presidente da Argentina, Javier Milei - Foto: Luis Robayo / AFP

O ministro das finanças da Argentina, Luis Caputo, anunciou nesta sexta-feira que, a partir de segunda-feira, será eliminado o controle cambial, implementado em 2019 e que, segundo ele, limita o funcionamento normal da economia.

“Acabar com o controle cambial neste contexto macroeconômico de ordem fiscal e monetária fará com que entrem investimentos que estavam em espera”, destacou.

“Esses investimentos vão consolidar o crescimento, gerar um crescimento maior, que por sua vez gerará um superávit maior e nos dará a possibilidade de reduzir impostos e destinar mais recursos ao setor privado — promovendo mais empregos e melhores salários”, destacou.

O anúncio foi feito logo depois de informar que um acordo foi fechado com o FMI, destacando que, com isso, a etapa 3 do programa econômico da Argentina será concluída.

“Estruturamos o programa em 3 etapas: eliminar o déficit fiscal, o déficit quase fiscal e a emissão monetária; e a terceira, a recapitalização do Banco Central (BCRA)”, acrescentou o ministro.

“O programa que herdamos com o FMI na época estava fracassando porque nenhuma das metas propostas pelo fundo havia sido cumprida. Tínhamos nosso próprio programa econômico, desenvolvido ao longo dos anos com nosso grupo na consultoria, mas chegar a um novo acordo com o FMI poucos dias depois de entrar no país, dado o descrédito da Argentina, era absolutamente impossível”, explicou Caputo.

Segundo o Ministro da Economia, o país iniciou o próprio programa sabendo que era "extremamente desafiador e que a probabilidade de cair em crise era superior a 90%, segundo as previsões, e o mesmo vale para cair em hiperinflação".

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