Após assassinatos, motoristas do Uber cobram segurança
O corretor de seguros Maicon Hennan Duarte Brito foi assassinado a tiros no início da tarde desta sexta (10)
Após o terceiro assassinato de motorista do Uber no Recife em menos de uma semana, categoria realizou um ato para cobrar segurança. O protesto começou por volta das 14h15, na avenida Agamenon Magalhães com destino ao Cemitério de Santo Amaro. O corretor de seguros Maicon Hennan Duarte Brito foi assassinado a tiros no início da tarde desta sexta-feira (10), quando trafegava como motorista do serviço levando um passageiro, um ex-presidiário.
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Na última quinta-feira (9), Daniel da Silva Santos, 41, também foi assassinado em uma investida contra um passageiro. Além deles, foi assassinado, no sábado passado (4), o motorista Rodrigo Paudarco Baía.
Do cemitério, o protesto seguiu para a sede do Uber, na rua Capitão Lima, também em Santo Amaro. De acordo com Everaldo Pereira, presidente do Sindicato dos Motoristas do Transporte Privado Individual de Passageiros por Aplicativos (Sintrapli-Pe), um dos grandes problemas da falta de segurança para os motoristas é o cadastro.
"Estamos pedindo para que a Uber tenha mais rigor em seus cadastros. Porque tá muito vulnerável, qualquer pessoa pode fazer um cadastro e solicitar uma chamada. Nossa foto e placa do carro tão sempre visíveis. Desse jeito, a gente tá mais vulnerável que o próprio passageiro", afirmou.
Uma comissão de dez pessoas se reuniu com a gerência da Uber. Os motoristas pedem cadastro mais detalhado de passageiros, identificação no carro;
mais segurança e redução da taxa paga pelos condutores - em vez de 25% passe a ser 15%.

