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ORIENTE MÉDIO

Barraca de jornalistas é atingida em ataque israelense em Khan Yunis, na Faixa de Gaza; veja vídeo

Dez pessoas morreram durante bombardeio no entorno do Hospital Nasser

Barraca de jornalistas é atingida em ataque israelense em Khan Yunis, na Faixa de Gaza; veja vídeoBarraca de jornalistas é atingida em ataque israelense em Khan Yunis, na Faixa de Gaza; veja vídeo - Foto: AFP/reprodução

Dez pessoas morreram nesta segunda-feira, incluindo um jornalista palestino, durante um bombardeio israelense contra um acampamento montado em torno do Hospital Nasser, em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza. Imagens gravadas pouco após o momento da detonação mostram populares tentando apagar o fogo nas barracas e sobreviventes sendo socorridas para dentro da unidade de saúde, uma das que restaram em funcionamento após 1 ano e 6 meses de guerra.

O bombardeio aconteceu por volta das 02h (21h de domingo em Brasília), em uma ação que as Forças Armadas de Israel e o serviço de inteligência israelense, Shin Bet, disseram ter como alvo o fotógrafo Hassan Aslih, a quem acusam de ser um integrante do Hamas e de ter participado do atentado de 7 de outubro de 2023. De acordo com o Exército israelense, ele teria participado ao publicar imagens de saques, incêndios e assassinatos nas redes sociais".

Enquanto Aslih sofreu um ferimento na cabeça e foi socorrido ao hospital — segundo fontes palestinas ele está em condição estável —, o repórter Helmi al-Faqawi, da TV Palestine Today, morreu durante o ataque. Ele foi enterrado horas após o bombardeio, na presença de familiares e colegas de imprensa, que colocaram sobre ele um colete à prova de balas azul, usado por jornalistas na zona de conflito.

— Nós continuaremos a transmitir a mensagem e contar a verdade para o mundo inteiro. Este é nosso dever humanitário — disse o jornalista Abd Shaat, que estava em uma tenda próxima à destruída, em um depoimento à Reuters.

O Ministério das Relações Exteriores da Autoridade Palestina, em Ramallah, afirmou que 10 pessoas foram mortas no ataque aéreo, com muitas outras feridas no incêndio, chamando a morte de al-Faqawi de uma "execução extrajudicial".

O escritório de imprensa do governo de Gaza, administrado pelo Hamas, aponta que 210 profissionais da imprensa morreram no enclave palestino desde o início do conflito. Algumas dessas mortes foram confirmadas por Israel, que afirma que os repórteres, embora protegidos por regras internacionais, seriam alvos lícitos por suas contribuições com grupos considerados terroristas pelo Estado judeu. (Com AFP)

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