Dom, 07 de Dezembro

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Bolo envenenado: suspeita de crime é encontrada morta na prisão, no RS

Deise Moura dos Anjos estava presa em penitenciária na Região Metropolitana de Porto Alegre

Deise Moura dos Anjos: suspeita de envenenar farinha usada para fazer o boloDeise Moura dos Anjos: suspeita de envenenar farinha usada para fazer o bolo - Foto: TV Globo/Reprodução

A mulher suspeita de matar três pessoas da família do marido com um bolo de frutas cristalizadas envenenado com arsênio foi encontrada morta na prisão nesta quinta-feira (13). 

A Polícia Penal confirmou a morte de Deise Moura dos Anjos à RBS TV. Ela estava presa na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. 

A mulher foi presa temporariamente em 5 de janeiro. Deise é suspeita de envenenar a farinha que foi usada para fazer o bolo, que foi consumido na véspera de Natal, na cidade de Torres, no Litoral Norte do RS.

A polícia também investiga se Deise matou o sogro, em setembro do ano passado. Paulo Luiz dos Anjos morreu após comer bananas e leite em pó que a nora levou à casa dele.

Deise estava sozinha na cela e seu corpo foi achado durante a conferência matinal feita pela Polícia Penal. Por meio de nota, a corporação disse que a mulher foi encontrada sem sinais vitais na cela. 

As circunstâncias da morte serão apuradas pela Polícia Civil e pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP-RS), segundo a RBS TV. 

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) disse que a morte ocorreu "por asfixia mecânica autoinfligida".

Deise estava no presídio em Guaíba desde o último dia 6. Ela ficou um mês no Presídio Estadual Feminino de Torres, de onde foi transferida por questões de segurança. 

Bolo envenenado: relembre o caso
Seis integrantes de uma mesma família buscaram atendimento médico em 23 de dezembro após apresentarem sintomas de intoxicação, que posteriormente foi atribuída ao consumo de um bolo contendo arsênio, conforme análise da Polícia Civil.

Três dessas pessoas acabaram falecendo: Neuza Denize Silva dos Anjos, 65 anos; Maida Berenice Flores da Silva, 59 anos; e Tatiana Denize Silva dos Anjos, 47 anos. 

"Os níveis de arsênio dessas amostras são tão elevados que são considerados tóxicos e letais, e isso se explica a causa da morte", explicou Marguet Mittmann, diretora do IGP-RS, em coletiva de imprensa em janeiro.

Em uma das vítimas, havia concentração 350 vezes maior do que o normal. A investigação busca identificar a motivação do envenenamento. Deise negava qualquer responsabilidade sobre as mortes. 

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