Seg, 08 de Dezembro

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BRASIL

Brasileiro mostra a preparação para o resgate de turista presa em vulcão na Indonésia

Segundo a família, dois alpinistas experientes estão a caminho da trilha, mas não há confirmação se conseguirão dar continuidade às buscas

Vídeos mostram a preparação para o resgate de brasileira presa em vulcão na Indonésia Vídeos mostram a preparação para o resgate de brasileira presa em vulcão na Indonésia  - Foto: Reprodução/Instagram

Vídeos publicados nas redes sociais mostram a preparação para as ações de resgate da brasileira Juliana Marins, que sofreu uma queda ao fazer uma trilha no vulcão do Monte Rinjani, na Indonésia.

Ela estava desaparecida, mas foi novamente localizada. Segundo a família, dois alpinistas experientes e "referências na região" estão a caminho da trilha, mas não há confirmação se conseguirão dar continuidade às buscas durante a noite. Juliana permanece presa em um penhasco rochoso a uma profundidade de cerca de 500 metros, "visualmente imóvel", conforme informações do Parque Nacional Gunung Rinjani.

 

As imagens são do brasileiro conhecido como "Kiki por aí", que se apresenta como nômade digital e está na Indonésia. Segundo publicações, ele afirma ter entrado em contato com a família de Juliana para se colocar à disposição de ajudar e, após isso, se deslocou para a ilha de Lombok, onde está localizado o vulcão. Na gravação, o brasileiro reclama da "lerdeza" dos socorristas para subir a trilha. Além disso, também é possível ver os equipamentos que estão sendo utilizados, como pequenas motocicletas. Assista:

Procurados pelo Globo, os familiares de Juliana não responderam se realmente estão em contato com o brasileiro em Lombok. Nas redes, a família declarou entender que "há um bom reforço com equipamentos específicos" para que as buscas sejam realizadas.

Um dos alpinistas mobilizados para as buscas foi identificado como Agam, guia especializado em trilhas no Rinjani, que está compartilhando imagens dos esforços nas redes sociais. Nas publicações, é possível ver Agam subindo o vulcão correndo em um trajeto íngreme e estreito, já durante a noite e com névoa.

Buscas
Os esforços para buscá-la no segundo vulcão mais alto do país foram retomados na manhã desta segunda-feira (horário local), mas as buscas precisaram ser interrompidas às 16h (5h em Brasília) dadas as condições climáticas. A família da jovem reclamou do novo recuo, apontou negligência e cobrou urgência das atividades, já que Juliana "segue sem água, comida e agasalhos por 3 dias".

"Conseguimos a confirmação que o resgate conseguiu localizar novamente a Juliana e está, neste momento, descendo até o local onde ela foi avistada", escreveu a família pouco antes das buscas serem interrompidas.

Segundo as autoridades da Indonésia, duas equipes de resgate foram mobilizadas para chegar ao local da vítima e verificar o segundo ponto de ancoragem a uma profundidade de cerca de 350 metros. Apesar disso, após observarem o local, os socorristas encontraram duas "saliências" que impossibilitaram a instalação da ancoragem.

A equipe de resgate teve que começar a escalar para tentar alcançá-la. No procedimento, as equipes enfrentaram "terrenos extremos e condições climáticas dinâmicas", com neblina espessa. Tais condições reduziram a visibilidade no local e aumentaram o risco da operação, de acordo com as autoridades. Por motivos de segurança, a equipe se recolheu e seguiu para uma posição segura.

Antes disso, Juliana, de 26 anos, havia sido vista pela última vez por volta de 17h10 do sábado (horário local) em imagens captadas por um drone de outros turistas. Ela aparece sentada na encosta, após a queda. Novas imagens compartilhadas numa conta no Instagram criada para divulgar informações sobre o caso mostram a publicitária durante o passeio — Juliana caminha pela vegetação, posa para fotos em meio às montanhas e até brinca com uma colega sobre a névoa, que impediu a vista.

A trilha do Monte Rinjani é considerada uma das mais difíceis para turistas na Indonésia. O vulcão se eleva a 3.726 metros do nível do mar, e o caminho tem quilômetros de subidas. Pacotes do passeio mostram opções de trilhas de dois, três e até quatro dias pela região. A de Juliana deveria durar de 20 a 22 de junho, por três dias e duas noites.

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