Chefe do Pentágono propõe "reviver" presença militar dos EUA no Panamá
Pete Hegseth agradeceu ao Panamá por ter reunido tropas americanas nestes dias para exercícios conjuntos de segurança na via interoceânica
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, apresentou nesta quarta-feira (9) a ideia de que tropas americanas retornem ao Panamá para "garantir a segurança" do canal, uma sugestão que poderia enfrentar uma oposição feroz no país centro-americano.
Leia também
• Juízes dos EUA bloqueiam deportação de vários venezuelanos após decisão da Suprema Corte
• Tarifas de Trump pressionam Apple, e custo do iPhone pode explodir se produção for levada aos EUA
• EUA negará vistos por conteúdo que considere 'antissemita' nas redes sociais
"Através de exercícios conjuntos rotativos [...] é uma oportunidade para reviver, seja uma base militar, a estação aeronaval, lugares onde as tropas americanas podem trabalhar com as tropas panamenhas" na segurança do canal, afirmou Hegseth em coletiva de imprensa na Cidade do Panamá.
O chefe do Pentágono agradeceu ao Panamá por ter reunido tropas americanas nestes dias para exercícios conjuntos de segurança na via interoceânica, o que faz com frequência com militares de países da região.
“Acolhemos com satisfação a oportunidade de ter uma presença maior de tropas aqui junto dos panameiros para garantir a soberania do Canal do Panamá”, acrescentou Hegseth.
Em março, a NBC News, citando dois funcionários americanos que não concordaram, afirmou que a Casa Branca havia "ordenado às Forças Armadas dos Estados Unidos que elaboram opções para aumentar a presença de tropas americanas no Panamá".
A versão da NBC News sobre um aumento da presença militar causou surpresa e mal-estar no Panamá, posto que não há tropas americanas no país há 25 anos, exceto para exercícios conjuntos ocasionais.
Os Estados Unidos iniciaram em 1994 o processo de retirada de suas bases militares, instaladas como proteção da via interoceânica, para entregarem o canal ao Panamá em 31 de dezembro de 1999.
O Panamá desmantelou o Exército após a invasão dos Estados Unidos em dezembro de 1989 para capturar o ex-ditador Manuel Antonio Noriega, acusado de tráfico de drogas.