China denuncia passagem de navios militares de EUA e Reino Unido no Estreito de Taiwan
O País reivindica Taiwan e considera o estreito que os separa parte de seu território
Pequim denunciou o tráfego de navios militares americanos e britânicos pelo Estreito de Taiwan na sexta-feira (12), pouco depois de anunciar que seu novo porta-aviões também transitou por essa sensível passagem marítima.
A China reivindica Taiwan e considera o estreito que os separa — uma das rotas marítimhas mais transitadas do mundo — parte de seu território.
Também na sexta-feira, o novo porta-aviões chinês Fujian navegou nesse local como parte de um teste antes de sua entrada em serviço.
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"Em 12 de setembro, o contratorpedeiro americano Higgins e a fragata britânica Richmond transitaram pelo Estreito de Taiwan, causando incômodo e perturbações", declarou em comunicado o coronel Shi Yi, porta-voz do Comando Oriental do Exército chinês.
Em resposta, o Exército chinês "organizou forças navais e aéreas para rastrear e monitorar sua passagem", acrescentou, ao advertir que essas ações "minam a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan".
Os Estados Unidos e o Reino Unido, bem como muitos outros países, consideram esta via navegável de aproximadamente 150 km de largura como águas internacionais abertas.
Nos últimos anos, Pequim vem aumentando sua pressão militar, econômica e diplomática sobre Taiwan e não descarta o uso da força para, em algum momento, tomar o controle da ilha.
O Exército taiwanês tem registrado a presença crescente de embarcações, drones e aeronaves militares chinesas em seu território, assim como de exercícios militares em larga escala.
Neste sábado (13), o Ministério da Defesa de Taiwan informou que detectou 13 embarcações militares chinesas em seu território entre as 6h00 de sexta-feira (19h em Brasília) e 6h00 de sábado, o número mais alto desde maio.
Também relatou o avistamento de 31 aeronaves militares chinesas na zona de defesa aérea de Taiwan, das quais 25 cruzaram a linha média do Estreito.

