China e Ásia Central celebram "amizade eterna" em cúpula regional
Na reunião, estavam presentes os presidentes do Cazaquistão, Quirguistão, Uzbequistão, Tadjiquistão, Turcomenistão e China
O presidente chinês, Xi Jinping, e líderes da Ásia Central celebraram nesta terça-feira (17) sua "amizade eterna" durante uma cúpula no Cazaquistão com cinco ex-repúblicas soviéticas da Ásia Central e Pequim.
Na reunião, estavam presentes os presidentes do Cazaquistão, Quirguistão, Uzbequistão, Tadjiquistão, Turcomenistão e China.
Além da assinatura de um "tratado de boa vizinhança, amizade e cooperação eterna", a China também anunciou o empréstimo de cerca de 209 milhões de dólares (R$ 1,14 bilhão) para essas nações, que ocupam um papel importante nos projetos de infraestrutura chineses da iniciativa das "Novas Rotas da Seda".
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Antes da sessão plenária, Xi Jinping participou de vários encontros bilaterais e pediu mais cooperação em diversos setores com a região, que equivale em tamanho à União Europeia, mas com apenas 80 milhões de habitantes.
Segundo a agência estatal Xinhua, Xi convocou os paceiros a impulsionar "a construção da ferrovia China-Quirguistão-Uzbequistão", um dos maiores projetos de Pequim.
Sob influência russa desde meados do século XIX até a queda da União Soviética em 1991, a Ásia Central, uma área estratégica e também muito rica em recursos naturais, está no centro das atenções das grandes potências que desejam competir com Moscou.
Os líderes da Ásia Central mantêm fortes vínculos com Moscou, mas a influência russa tem diminuído desde a guerra na Ucrânia.
A China já é o principal parceiro comercial da Ásia Central, com transações avaliadas em 95 bilhões de dólares (R$ 520 bilhões) em 2024, segundo as alfândegas chinesas, muito à frente da UE (US$ 64 bilhões, R$ 350 bilhões em 2023, segundo dados oficiais) e da Rússia (US$ 44 bilhões, R$ 240 bilhões).

